Uma pesquisa da Fundação Victor Civita de 2011 revelou que 42% dos diretores de escolas públicas brasileiras são escolhidos por influência política. É uma pena. Em Nova York, o trabalho da organização Leadership Academy (Academia de Liderança) aponta que os maiores avanços no desempenho escolar dos alunos são obtidos com diretores muito bem treinados para a função, profissionais que, além de bons gestores, conhecem o conteúdo programático de suas unidades de ensino.
Desde que o mundo é mundo, a influência dos líderes é o que impulsionou e impulsiona as grandes conquistas. Na educação não é diferente! É o gestor escolar que pode fazer a diferença no engajamento dos educadores e, consequentemente, dos alunos.
Digo isso, pois como diretor da CONAJE (Confederação Nacional de Jovens Empresários), tenho a oportunidade de coordenar o projeto Empreendedores do Futuro, que visa levar a cultura de empreendedorismo para as escolas públicas do nosso país. Atividade que me permitiu conhecer belíssimos exemplos de gestão na área educacional, desde professores, diretores, políticos etc.
No entanto, o que mais vejo na maioria das instituições são diretores politiqueiros, que se utilizam do cargo para ganhar influência às custas do empobrecimento da nossa educação.
Em 2009 fui apresentado à tia Edna, como gosta de ser chamada. Uma diretora que assumiu uma escola falida no interior de Goiás. Tia Edna decidiu entre reclamar ou mudar a situação daquela região. Fez a escolha certa, porém, não a mais fácil. Com o envolvimento dos educadores, alunos e comunidade, criou uma escola que hoje é modelo de ensino no Estado.
Dá pra fazer! É uma questão de atitude, de engajamento, de um propósito de vida voltado para construir uma educação que realmente valha a pena!
Precisamos de líderes educacionais que evoluam para um modelo de gestão eficiente, com foco em resultados, com indicadores de desempenho claros, construídos a partir de um planejamento estratégico consistente. Uma gestão escolar não é diferente de uma gestão empresarial, o que muda é o resultado que queremos atingir, mas não muda a necessidade de buscar esses resultados.
Não é fácil implantar uma modelo de gestão como esse, mas é possível! No entanto, só conseguirá isso o líder que verdadeiramente tiver esse propósito muito claro, de realmente fazer a educação acontecer. Se o gestor não tiver essa vontade no coração, esqueça, é muito mais fácil e confortável ficar sentado atrás de uma mesa gerindo problemas e reclamando do sistema.
Precisamos de líderes educacionais, e não de politiqueiros disfarçados de educadores!
Te vejo semana que vem!
Alexandre Prates
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