terça-feira, 4 de novembro de 2014

2015 não será diferente!

E porque 2015 seria diferente? Por que você realmente deseja alguma coisa? Por que está descontente com algum aspecto da sua vida? Ou porque está cansado de uma situação e quer resolver isso de uma vez por todas? Esqueça, isso não mudará o seu ano, muito menos a sua vida. Cansaço, descontentamento, incômodo são sentimentos fundamentais para provocar uma mudança em nossas vidas, desde que você faça alguma coisa com isso.
 
Assim como você, eu sempre quis (e continuo querendo) muitas coisas na minha vida. Muitos desses desejos eu realizei, muitos esqueci pelo caminho, outros me cobram o preço até hoje. Ao longo da minha vida, aprendi a ser mais realizador e nesses anos dedicados ao coaching, tive a oportunidade de conviver com pessoas incrivelmente empreendedoras. Empreendedoras na essência da palavra, a capacidade de transformar sonhos e ações em resultados.
Isso me possibilitou encontrar algumas características em comum nas pessoas mais realizadoras que conheci em minha carreira. De todas as características, duas sempre me chamaram a atenção. A primeira é INSPIRAÇÃO.
Pessoas realizadoras são inspiradas e buscam constantemente novas fontes de inspiração, pois sabem que o mundo exterior é um campo vasto de experiências que enriquecem o nosso mundo interior. O ser humano é movido por inspiração, mas muitos insistem em viver apenas pela necessidade e jamais comemorarão grandes feitos.
A inspiração vem antes da motivação, ou melhor, a inspiração é motivo para uma ação engajada, apaixonada, impactante. O que te inspira? Sua família? Conquistar uma vida mais confortável? Ganhar muito dinheiro? Ser o número 1 no se segmento? Excelentes inspirações, mas se isso o inspira, porque ainda assim você não faz o que precisa ser feito?
Eis então que lhes apresento a segunda característica: PROVOCAÇÃO. A provocação é o combustível da inspiração, uma precisa da outra para gerar grandes frutos. A inspiração te motiva, mas a provocação tira o sono, faz a cabeça ferver, frustra. Isso mesmo, frustra por ainda não ter alcançado o que tanto deseja. A provocação não te permite recuar, pois desperta um sentimento que ninguém escapa, a vaidade. E não adianta dizer que você não é vaidoso, todos somos, independente de como ela se manifesta. Não entenda a vaidade apenas como algo fútil, pois não é. A vaidade é o desejo se sentir-se bem consigo mesmo, de encher-se de orgulho por ter conquistado algo importante, de ter chegado lá. É bom, é necessário, mas como tudo na vida, os extremos devem ser controlados.
A provocação é o que nos faz ter o intenso desejo de ir além. Sem provocação, a inspiração não tem a força necessária para sair do campo dos desejos. O problema é que a nossa sociedade insiste em nos deixar na zona de conforto o tempo todo, pois fomos educados na onda do politicamente correto, onde dizer a verdade nem sempre é visto com bons olhos.
Reflita comigo: você é casado e ano após ano tem engordado significativamente. A sua esposa, para não lhe frustrar, insiste em dizer que você está bem, que ela gosta de você mesmo assim. É mentira! Você está gordo! Ela gostaria que você se cuidasse mais. Mas, como ela não lhe diz isso com a clareza necessária, a mudança não se faz necessária. Concorda?
Outro exemplo: você não está dando certo em trabalho algum e insiste em culpar todas as empresas por onde passa. Os seus pais, para não lhe magoar, passam a mão na sua cabeça e continuam custeando as suas necessidades. Ao passo que deveriam dizer que a responsabilidade é sua e que a partir de agora, terá que viver somente com os frutos do seu trabalho. Como não fazem isso, você suporta muito pouco os desafios do mercado.
Exemplos diferentes, mas algo em comum. Se a esposa ou os pais dissessem a verdade e fossem acertadamente críticos, possivelmente teríamos um conflito, pois, ao invés de agradecer a provocação, encaramos como um insulto. Então, vivemos uma realidade camuflada, que resultará em uma frustração acumulada cada vez mais difícil de superar.
Portanto, coloque uma pitada de provocação nos seus desejos e inspirações. Somente dessa forma você poderá iniciar uma nova etapa com o incômodo necessário para entrar em ação.
Talvez assim e somente assim, 2015 possa ser diferente
Um grande abraço e sucesso!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A indústria do coaching está pagando o seu preço!

O Jornal Hoje anunciou há alguns dias a seguinte matéria: “Funcionários dançam 'eguinha pocotó' em curso motivacional de empresa”. E a chamada enfatiza: “Imagens mostram o treinamento da equipe de vendas de uma distribuidora de remédios. Os funcionários caminharam sobre uma pista de 10 metros de carvão em brasa. O caso foi parar no Tribunal Superior do Trabalho.”.

Era tragédia anunciada, iria acontecer mais cedo o mais tarde. Não quero entrar na discussão dos métodos utilizados em treinamentos, embora não concorde e não veja sentido em muitos. Quero alertar para o amadorismo de muitos “profissionais” que intitulam-se coaches, trainers, especialistas, hipnólogos, consultores, enfim, amadores irresponsáveis que utilizam-se de meios apelativos para despertar a motivação das pessoas. Eu respeito muitos profissionais dessas áreas, que prepararam-se anos para isso, mas estamos rodeados de aventureiros no mercado.

Conduzir pessoas em qualquer abordagem que envolva o despertar de fortes emoções é uma responsabilidade que requer uma grande capacidade técnica. Quando esse processo é conduzido por profissionais preparados e embasados em uma metodologia séria, os resultados são positivos. Quando esse tipo de treinamento é aplicado por aventureiros, as pessoas são colocadas em risco – físico e emocional – e o ambiente das empresas também pode sofrer sérios impactos negativos.

E qual é a solução?

Precisamos rever urgentemente os critérios das escolas de formação de coaches e treinadores empresariais. Essa “indústria” tem lançado no mercado um bando de “burros motivados” que invadem as empresas cheios de palavras de alto impacto e técnicas motivacionais rasas e desastrosas.

E isso tem acontecido por um motivo muito simples. Não existe qualquer critério de seleção para que um profissional seja aprovado para um curso de formação, muito menos para que receba um certificado de Coach, por exemplo. Além disso, muitas escolas estão lotando salas de hotéis com 50, 100 pessoas que recebem metodologias e as praticam sem a supervisão adequada. O resultado está ai, para quem quiser ver.

E a cada dia, novas formas de se credenciar como um “profissional de treinamento e Coach” têm despontado no mercado, como livros com coletânea de artigos, onde o profissional escreve algo sobre tema qualquer e intitula-se co-autor.
Precisamos criar um forte padrão de qualidade!

E o papel dos RH´s é fundamental nesse processo. Muitas empresas, para economizar, contratam profissionais “baratos” que prometem entregar resultados. O processo de seleção desses profissionais e empresas dever ser cada vez mais profundo. E como não existe uma regulamentação para se intitular treinador ou coach, só existe uma forma de certificar-se da qualidade desses profissionais - pesquisa! Muita pesquisa:

1. Solicite referências: nada menos do que 10 empresas que foram atendidas pelo profissional. E não existe essa questão de confidencialidade, quando o trabalho é bem feito, fazemos questão de indicar.

2. Questione sobre a metodologia aplicada: se vai submeter o seu time a um processo de coaching ou treinamento, o profissional precisa detalhar qual será a metodologia aplicada e como pretende alcançar os resultados.

3. Peça comprovações da experiência na metodologia: solicite artigos científicos do profissional sobre a sua base metodológica ou livros escritos por ele sobre o tema. O conhecimento teórico é tão importante quanto a sua experiência prática.

4. Analise o material didático: Se o profissional lhe apresentar um material didático com slides impressos, esqueça. Um bom material deve ser bem elaborado, com teses descritas, textos de apoio e exercícios. Um profissional que não investe tempo para construir um material de qualidade, não pensou na sua metodologia de maneira profunda e didática.

São tantas coisas para analisar que um método torna-se o mais eficiente de todos: a indicação! E somente quem possui todas as características acima, será merecedor de ser indicado por alguma empresa.

Desenvolvimento funciona, sim! O que precisamos é escolher certo!
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Você está pronto para ter uma empresa?

Você é comprometido com o seu trabalho? É dedicado com os seus estudos? Lida bem com a pressão do dia a dia? É engajado com as metas? É envolvido com as estratégias da empresa? Preocupa-se com a satisfação dos clientes? Gosta de desafios? E a pergunta mais importante: você se realiza trabalhando ou preferia ficar em casa, se pudesse?

Reflita sobre essas perguntas para então compreender o que vou lhe dizer: abrir uma empresa não o torna um empreendedor. Este tipo de profissional demonstra suas características aonde quer que esteja; pode ser atrás de um balcão numa lanchonete, na mesa de um escritório, na loja de um shopping, enfim, ele não esconde as suas características. É fato que muitas empresas reprimem o ímpeto empreendedor, não permitindo que as pessoas errem, inovem, participem, mas, o verdadeiro empresário, por ser um inconformado com a mesmice, não consegue permanecer nesse tipo de ambiente.

Agora, cuidado! Muitos profissionais se enganam acreditando que despertarão um espírito empreendedor quando abrirem o seu próprio negócio. Isso, de fato, pode acontecer quando você se vê trabalhando com algo que te apaixona, que tem a ver com as suas aptidões. Esse é o ponto: empreender deve ser uma escolha emocional e racional de dedicar-se a fazer aquilo que você realmente deseja. Empreender não pode ser uma fuga, ou seja, não estou dando certo em lugar nenhum, então, quem sabe, se eu abrir o meu negócio pode ser diferente. Portanto, a análise acima se torna fundamental.

Se você deseja empreender para ver se vai dar certo em alguma coisa, esqueça, o risco é alto. É melhor dar certo em alguma coisa primeiro. Agora, se você deseja ser empresário para colocar em jogo todo o seu potencial, vá em frente e siga algumas dicas fundamentais:

1. Some experiências: se a ideia de empreender já está na sua cabeça, aproveite todas as possibilidades de adquirir experiência para o seu negócio. Comece a olhar as coisas com uma visão mais crítica, questionadora, curiosa. Nesse momento, os “porquês” podem fazer toda a diferença. Muitas vezes, permanecer mais um tempo na empresa para assumir uma nova área, aprender um pouco mais ou aproveitar uma formação importante pode ser uma decisão inteligente.

2. Faça uma boa reserva financeira: sei que já ouvimos muitas histórias de pessoas que iniciaram um negócio com nenhum dinheiro e deram muito certo. Mas, existem muitas outras histórias, aliás, a maioria delas, de empresas que quebraram por não ter um fluxo de caixa adequado. Não se precipite. Guarde o que puder, vá construindo um bom histórico bancário (para conseguir crédito no futuro) e, principalmente, organize a sua vida para não precisar utilizar o caixa da empresa para as suas contas pessoais por, no mínimo, 12 meses. E se a empresa der lucro antes desse período, reinvista na empresa e faça um bom caixa. Quem tem caixa, tem força e velocidade para crescer.

3. Acumule conhecimento: leia, faça cursos, procure ajuda profissional, converse com pessoas mais experientes, enfim, não confie somente no seu instinto. Esse é um grande erro de muitos empreendedores. Existem muitas instituições que oferecem excelentes ferramentas para o pequeno empresário com custos muito acessíveis.

4. Planeje, planeje e planeje: o brasileiro dá pouco valor ao planejamento e nesse momento é essencial. Não saia fazendo, pense sobre o seu negócio: perfil do meu público, diferenciais do meu produto/serviço, parcerias, onde e como divulgar, enfim, aproveite esse momento de planejamento para desenhar a sua atuação no negócio, mantendo a sua visão sempre na plena satisfação dos seus clientes, o único motivo para o seu negócio existir.

5. Invista em relacionamento: onde estão as pessoas que podem me inspirar? Fique perto delas. Vai ter muita gente que duvidará da sua iniciativa, a maioria das pessoas não acredita na ousadia, prefere a estabilidade. Ouça essas pessoas. É importante, mas ouça também quem foi além. E então defina qual será o seu posicionamento. Além disso, amplie o seu networking, pois o seu nível de relacionamento determinará as possibilidades de atuação do seu negócio.

6. O segredo é a alma do negócio: segure a ansiedade a não saia contando a sua ideia pra todo mundo, tem muita gente mal intencionada. Converse com algumas pessoas sim, mas não alastre o seu projeto por aí. Conte para quem, nesse momento, possa contribuir contigo.

Por fim, antes de empreender, pergunte-se: pra que? Se você realmente encontrar um motivo que valha a pena a sua dedicação integral, sem férias, sem hora extra, sem garantia de salário no final do mês, sem reconhecimento, sem 13º salário, enfim, sem nenhuma estabilidade, parabéns, você está pronto para pensar em abrir um negócio e conquistar a tão sonhada liberdade que só um empresário pode ter.

E como alguém que deixou uma carreira executiva para abrir o seu próprio negócio, posso lhe afirmar: vale a pena!

 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Como lidar com o inimigo no trabalho

Onde dois ou mais estiverem reunidos, eu estarei lá: o conflito. E não importa o ambiente. Seja familiar, empresarial, social, religioso, enfim, o conflito é inevitável. Inevitável, por um simples motivo: as pessoas possuem valores diferentes, logo, o que é importante para um, não é para outro. O que me incomoda, não incomoda o outro. E nesse contexto, as desavenças ocorrem a todo o instante, pois eu, assim como você, quero preservar os meus valores, aquilo que eu não abro mão.

Mas, é importante compreender que o problema não está no conflito e sim, na consequência gerada pelo conflito. Eu posso discutir com você, debater ideias e sairmos juntos para almoçar. O debate de ideias é saudável. No entanto, a maioria das pessoas quando questionadas, contrariadas, tem a sua vaidade ferida e tendem a atacar para se defender. Alguns relutam a reconhecer que a ideia do outro é melhor, pois não querem perder a razão. Outros, por receio de perder uma posição ou promoção, criam atritos para diminuir a reputação do colega e fazê-lo menos merecedor do que ele. E pouco a pouco, vamos criando inimigos. Se bem que essa palavra é muito forte, prefiro chamar de adversários. Um inimigo quer o seu mal, o adversário quer o seu lugar, mas não deseja prejudicar você. Porém, se você realmente acredita que tem alguém na sua empresa que deseja o seu mal, então possivelmente você tem um inimigo.

Independente se você tem um inimigo ou um adversário na empresa, permita-me lhe trazer algumas dicas para lidar com esse incomodo:

1. Saiba que ter adversários é normal. Se você não tem adversários é por que não está fazendo o seu trabalho direito. Quando as pessoas se incomodam conosco é sinal de que estamos nos destacando. Mas entenda o que estou querendo dizer. Estou falando de resultados, de entrega, de comprometimento e não de destaque por comportamentos inadequados, ou seja, bajular o chefe, vestir roupas extravagantes, extrapolar nas brincadeiras etc. Se você é bom, vai se destacar e quando isso acontecer terá adversários.

2. Fortaleça a sua reputação. A reputação é o seu maior patrimônio. Contribua com as pessoas, preserve a sua imagem, não entre em fofocas e principalmente, faça o seu trabalho de forma extraordinária. Amplie a percepção de valor que as pessoas enxergam em você.

3. Entregue resultados. Os resultados te protegem, pois comprovam a sua competência. Se você é um grande vendedor, vai ter muitos adversários, mas jamais conseguiram fazer nada contra você. Quem tem resultado, tem credibilidade.

4. Seja firme e verdadeiro: Não se importe se o adversário é desonesto, falso, dissimulado. Se você agir igual, dará armas para que ele use contra você. Se ele fez uma fofoca a seu respeito, chame-o e esclareça imediatamente. Se ele mente, fale sempre a verdade. As pessoas sempre ficam perto de quem fala a verdade. Se ele não parar, chame-o para uma reunião com o seu superior e apresente o que está acontecendo com muita calma e serenidade.
 
Por fim, a quinta e última dica: não se desespere. Lembre-se, você está certo! O sucesso está sempre ao lado de quem faz as coisas certas. Sei que a vontade, muitas vezes, é gritar, brigar, mas isso não ao ajudará. Coloque a pessoa no seu devido lugar e da melhor forma que você pode fazer: com sabedoria! Nenhum adversário ou inimigo resiste a isso.
 
Sucesso!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Conselho a um jovem profissional

Hoje fui despertado com uma notícia muito triste e que me motivou a escrever essa carta. Um rapaz de 25 anos de idade pediu demissão de uma empresa por não estar suportando a grande pressão e a quantidade de trabalho. Ele não era meu funcionário, eu nem o conhecia, mas ainda assim essa decisão mexeu comigo.

Me permita lhe explicar o motivo do meu incomodo. Com 25 anos é muito cedo para falar sobre “grande pressão”, afinal é o momento de entregar o máximo em sua carreira, de crescer, de aprender, de se destacar.  No entanto, 25 anos é um pouco tarde para esse tipo de atitude, o tempo está passando. Com quantos anos você deseja assumir a responsabilidade? Quanto tempo você acredita que a vida vai esperar você amadurecer? Eu respondo, não vai! A vida vai continuar lhe provocando, queira você ou não. E a cada desafio que você não encara é uma oportunidade que você perde. E muitas oportunidades são únicas na vida.

Você já deve ter notado que estamos vivendo um déficit educacional em nosso País – da educação básica à universidade – e a cada dia, encontrar um profissional qualificado é mais difícil. Mas esse não é o maior problema, pois as empresas estão dispostas a investir tempo, dinheiro e energia na sua capacitação. A questão que está tirando o sono de todo mundo é a precariedade de profissionais com desejo de aprender, de se dedicar, de se envolver com um projeto. E o que isso quer dizer? Pense um pouco. Quando tem um monte de gente ruim no mercado, o que isso mostra? Um mundo cheio de oportunidades. Nunca houve tanto espaço para se destacar. E nem precisa ser brilhante, basta ser comprometido e ter muita sede de aprendizado.

Sei que tem muitas empresas que ainda operam em um modelo de gestão precário, antigo, fracassado, mas pare de usar isso como desculpa. Nunca trabalhe por uma empresa, trabalhe pela sua carreira. Se a empresa não te valoriza, entregue resultados mesmo assim. Esqueça a empesa, valorize o seu currículo e fortaleça o seu maior patrimônio – a sua reputação.

Faça uma reflexão, se nenhuma empresa te valoriza, onde está o erro? Você é azarado ou não está fazendo a sua parte? Pare de sentir pena de você mesmo. Pare de acreditar na sua mãe quando ela diz que você estava certo em pedir demissão. Para de se iludir com os colegas fracassados que dizem que não adianta se dedicar, pois a empresa não valoriza. A responsabilidade é sua! Somente sua!

E se você está pensando em abrir o seu próprio negócio, o sonho de muitos jovens brasileiros, cuidado! Geralmente se você não suporta a pressão do seu chefe, provavelmente não suportará as exigências dos seus clientes. Não é o cenário que precisa mudar, é o seu comportamento.

E guarde uma coisa que vou lhe dizer: o mercado não vai ser generoso com você, a não ser que você seja generoso consigo mesmo. Estude, prepara-se, aprenda, contribua, desafie-se, comprometa-se, dedique-se, enfim, assuma a responsabilidade.

Você deve estar pensando que estou querendo transmitir a minha longa experiência e lições impressas em meus cabelos brancos. Sim, eu tenho uma boa experiência: fui office boy, auxiliar administrativo, professor, coordenador pedagógico, executivo e hoje sou empresário, coach, palestrante, escritor e dedico a minha vida a desenvolver pessoas. Mas deixe-me esclarecer uma coisa, tenho apenas 32 anos, completo 33 esse ano. E 18 anos depois do meu primeiro registro profissional, me orgulho da minha trajetória. Aos 25 eu já aguentava muita pressão e devo a minha carreira a essa capacidade de não desistir.
 
Eu desejo que você amadureça e torne-se o profissional que o mercado precisa: ousado, engajado, competente. Não vou lhe desejar sucesso, pois é consequência do que lhe desejei anteriormente. E se me permite, só quero lhe dar mais uma dica: comece imediatamente. O tempo passa e passa muito rápido.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Transformando Clientes em Seguidores

Pesquisando um imóvel comercial em São Paulo, encontrei uma imobiliária com diversas opções interessantes. Entrei em contato, a recepcionista atendeu com cordialidade e, ao ser transferido para o corretor, ouvi um “Bom dia, Sr. Alexandre...” em menos de cinco segundos. O corretor compreendeu as minhas necessidades, apresentou algumas opções e colocou-se à disposição para visitá-los comigo. No dia e horário agendado, compareceu pontualmente, bem vestido, com uma educação irreparável e ainda me brindou com uma análise muito precisa sobre o mercado imobiliário.

Ao me despedir do corretor, motivei-me a entrar no site da imobiliária e elogiar a sua atuação. Fiz o elogio, mas depois fiquei refletindo: “O que esse corretor fez de especial?”. Sinceramente, nada além das suas atribuições. Então, de onde veio a minha motivação para elogiá-lo? Do simples fato de que estamos vivendo em um país completamente precário em serviços e, quando encontramos alguém que faz o básico bem feito, nos encantamos. Triste isso, mas é a nossa realidade.

Ao passo em que vivemos essa precariedade de serviços, vivemos um “boom” de novos negócios espalhados pelo País e uma população economicamente ativa, querendo consumir. Ocorre que a oferta por produtos e serviços aumentou exponencialmente, ampliando as opções do consumidor. Quando vou a um shopping e quero comprar um tênis, por exemplo, tenho dezenas de possibilidades.

Então, onde está a escassez? Simples: com uma gama opções ao dispor do cliente, o número de pessoas que entrará na sua loja é menor. O volume de pedidos que a sua empresa receberá tem uma forte tendência a diminuir. Aqueles clientes fiéis passam a ser cada vez mais raros. Portanto, em meio a tantas opções, se um cliente optar pela sua empresa, agradeça!

A experiência do cliente

Guarde uma coisa que vou lhe dizer: para o cliente, produto ou serviço é tudo igual! Tênis é tênis em qualquer lugar; chocolate é chocolate; cabeleireiro é cabeleireiro; lavanderia é lavanderia. Começamos a diferenciar uma marca pela experiência que ela proporciona. E não estou falando da capacidade da empresa em investir em marketing e, sim, do seu investimento em relacionamento. O marketing atrai, o relacionamento conquista!

Mas entenda, a experiência do relacionamento vem depois da experiência de fazer o que é certo. Ou seja, jamais você se relacionará com o seu cliente se não entregar o básico muito bem feito. Se a sua empresa valoriza um bom atendimento, presta um serviço de qualidade, respeita os prazos acordados, enfim, faz bem feito o que tem que ser feito, então está na hora de investir em experiência de relacionamento. E, para isso, responda apenas uma pergunta: o que posso fazer a mais para valorizar a preferência do meu cliente?

Você somente conquistará seguidores se tiver o real desejo de ir além e reconhecer que, dentre tantas opções, o cliente escolheu você!


Um forte abraço,
Alexandre Prates

terça-feira, 8 de julho de 2014

Como se reinventar depois de um fracasso?

Na entrevista do goleiro Júlio Cesar ao final da derrota para a Alemanha, ficou claro que ninguém sabe o que aconteceu. Na coletiva, o técnico Luiz Felipe Scolari assumiu toda a responsabilidade, mas isso não é justo com o time. Se é família, é família até o fim, na vitória e na derrota. Não se tratam de crianças indefesas, são jogadores profissionais. É o momento de levantar a cabeça, agradecer o País pelo apoio e cada um aprender com os seus erros.

O fracasso não é uma escolha, é um acontecimento que ninguém deseja em sua vida. Aqueles jogadores entraram para ganhar e tenho a certeza que acreditavam nisso, só que os adversários também vieram com o mesmo espírito.

A torcida brasileira está abalada, os jogadores estão arrasados, isso é fato. Mas percebam que o verbo estar é completamente diferente do ser. Um dia todos nós enfrentaremos um fracasso, mas a decisão de ser um fracassado é somente sua. O fracasso é a maior de todas as escolas que podemos frequentar na carreira e na vida.
Conheci pessoas fracassadas na vida, que não conseguiram superar o peso de uma derrota. Mas, felizmente, conheci também muitas pessoas vencedoras, que, diante de um grande revés, sofreram, aprenderam lições inimagináveis e hoje orgulham-se de suas conquistas, principalmente de suas histórias de luta e superação.

Diante de um fracasso, a melhor decisão é a reinvenção!

São nos momentos de turbulência que descobrimos recursos que nem imaginávamos ter. As emoções se afloram e explorando-as positivamente, somos agraciados de uma força surpreendente. E a força de quem se reinventa é uma pancada de energia, pois vem carregada de uma motivação inexplicável. Portanto, aprenda explorar positivamente as suas emoções:
1) Transforme pressão em energia: quando você erra, muitas pessoas lhe apontarão o dedo. Muitas duvidarão e até mesmo se afastarão de você. A pressão é um fator externo, uma expectativa (positiva ou negativa) que terceiros colocam sobre você. Assumir essa expectativa é uma reação comum, porém, desnecessária e, por vezes, cruel. Portanto, não vale a pena. Não entre no jogo pressionado a ganhar, entre no jogo com a certeza de que colocará em ação o seu melhor desempenho.
2) Transforme medo em estratégia: sentir medo é normal. Eu nunca conheci ninguém que não sente. A questão é o que você faz com o medo. Travar ou seguir em frente é uma decisão. A pergunta que precisa ser feita é: “O que eu posso fazer para que tudo dê certo?”. Mas não responda isso pensando no resultado, responda focando nas suas ações, ou seja, naquilo que você precisa fazer para que dê tudo certo. Pensar nas consequências – positivas ou negativas – não ajuda em nada agora. Novamente, foco total e absoluto no desempenho. Treino, estratégia e potencialização dos pontos fortes. O resultado é consequência!
3) Transforme tristeza em propósito: a derrota aconteceu. Bola pra frente! É preciso encontrar um motivo para seguir. É isso que faz da reinvenção uma arma poderosíssima – o propósito. Somente se reinventa quem tem um propósito claro e que valha a pena empenhar todo o seu potencial. E esse motivo jamais deve ser provar para as pessoas que você pode. Isso não depende de você. Faça por você e colha os frutos disso.
Assim como os jogadores se fortalecerão com isso, nós também iremos. Perdemos essa, mas eu tenho a certeza de que esse campeonato trouxe inúmeras lições para que o nosso povo vença a maior de todas as batalhas: as urnas!
Reinvente-se!

terça-feira, 1 de julho de 2014

Thiago Silva - Um golaço sobre liderança!

Especialmente depois do jogo contra o Chile, muitos colocaram em cheque a liderança do capitão da Seleção Brasileira, Thiago Silva. Alguns disseram que ele travou, outros que ele se acovardou diante das dificuldades, enfim, criticaram forte o seu comportamento.

A pergunta que fica é: quem está questionando a sua liderança? A imprensa, os torcedores, os comentaristas, os narradores... Sinceramente, não são questionamentos válidos. Não tenho visto os seus colegas de seleção, a comissão técnica e nem o Felipão questionando a liderança do capitão. E é isso o que importa!

E por que não estão questionando? Pelo simples fato de que ele não teve nenhum comportamento que denegrisse o seu posicionamento de líder. Você pode até interpretar o comportamento do jogador de maneira negativa, mas permita-me trazer um pouco da minha experiência e visão para essa história. Vamos aos fatos:
Nervosismo na estreia: de jogador a torcedor, quem não estava nervoso? Aliás, quem não estava tenso só tinha dois motivos: ou não gosta de futebol ou estava torcendo contra a seleção. No mais, estávamos todos apreensivos. Agora imagine quando você tem milhões de pessoas depositando em você a esperança de ganhar um torneio como este em casa. Quem não ficaria nervoso? Pessoas ficam completamente apavoradas com muito menos pressão!
Então, leio diversos comentários nas redes sociais que dizem: “Ele ganha milhões para fazer isso. Não pode ficar nervoso assim...”. Quer dizer que se ele ganhasse pouco a pressão diminuiria? Que hipocrisia! Nessa hora, quando um hino é cantado da forma como foi pela torcida, quando um País inteiro conta com você, ninguém se lembra do quando dinheiro ganha ou tem. Não é isso que importa! O que está em jogo é a honra, a realização, o propósito.

 Ficar isolado durante a roda de comunhão dos jogadores: o Thiago Silva estava navegando nas redes sociais enquanto isso acontecia? Por acaso ele estava arrumando o cabelo ou descansando um pouquinho? Claro que não! Ele estava em um momento de oração individual, encontrando a sua maneira de se motivar, de se tranquilizar. Ele estava, a seu modo, mandando fortes energias para os seus companheiros. Quantas vezes você já não quis ficar em silêncio, sozinho, antes de uma importante decisão na sua vida?

Não assumiu a responsabilidade: “O Thiago Silva pediu para não participar das cobranças de pênaltis”, “O capitão da seleção não ofereceu palavras de incentivo a seus companheiros”, “Isso não é postura de líder!”. Você sabe qual é a postura de um líder? É não querer ser o astro. É permitir que outras pessoas assumam a liderança quando necessário, é delegar e dar poder evidenciando novas lideranças. Se o Paulinho estava inspirado para motivar as pessoas naquele momento, por que não deixá-lo fazer? Se existem outros jogadores mais preparados para as cobranças de pênaltis, qual o problema de permitir que assumam esta responsabilidade?
Quer saber? O Thiago Silva é um grande líder! Um líder que as organizações precisam ter. Um líder que permite que surjam novas lideranças. Um líder que assume a responsabilidade das críticas e foca mais na vitória coletiva do que em sua vaidade. Um líder que se cobra, que joga com raça, que torce e reza pelos seus companheiros, que assume a responsabilidade... Esse é o Thiago Silva! Isso é ser líder!
Podemos debater várias coisas que podem ser aperfeiçoadas nesse time: estratégia, jogadas ensaiadas, jogadas individuais... Agora, dizer que falta liderança, isso jamais! Em nenhum quesito – nem dento e nem fora dos gramados.
O Felipão construiu um elenco que se gosta muito, de pessoas que se apoiam, que torcem umas pelas outras. Dentro de campo, o Thiago Silva conquistou a braçadeira de capitão - não foi uma imposição - e é respeitado, admirado, seguido. Isso é para poucos! Isso é ser líder! Demonstrar medo, nervosismo, reconhecer que errou. Isso é para poucos. Isso é ser líder!
Antes de criticar o Thiago Silva, muitos líderes deveriam refletir sobre a sua liderança e constatar que têm muito a aprender com o capitão, com o técnico e com todo o elenco da nossa seleção.

Um grande abraço,

* Alexandre Prates é Coach, especialista em desenvolvimento humano e desempenho organizacional. Autor do livro A Reinvenção Profissional e fundador do Instituto de Coaching Aplicado - ICA.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Uma coisa não tem nada a ver com a outra!

Gastos abusivos para a realização da Copa do Mundo, atrasos nas obras, descaso com o dinheiro público, denúncias de corrupção e uma infinidade de absurdos que está levando o povo brasileiro ao limite de sua paciência e dignidade. Isso é uma coisa.
Realizar a Copa das Copas, receber o turista com maestria, mostrar ao mundo o potencial do nosso país, cantar o hino com raça e colocar o coração no jogo junto com a nossa seleção. Isso é outra coisa.
E nós, brasileiros, estamos provando que compreendemos o significado dessa frase que ao longo da vida ouvimos muitas vezes: uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Não é porque nossos políticos nos envergonharam com suas gestões incompetentes e corruptas que vamos envergonhar o nosso país diante do mundo todo. Da mesma forma, não é porque o Brasil organizou um belo evento e pode até conquistar o heptacampeonato que esqueceremos da nossa responsabilidade nas urnas.
Repudiar a Copa do Mundo e torcer a favor de um vexame mundial é irresponsabilidade. Abusar do entusiasmo e não protestar nas urnas votando certo, também é irresponsabilidade. Maturidade é fazer o que é certo na hora certa!
E trazendo isso para o nosso cotidiano, precisamos evoluir e conquistar essa maturidade: uma coisa não tema nada a ver com a outra.
A crise financeira mundial, a concorrência desleal, a falta de mão de obra qualificada, os impostos abusivos, enfim, todos esses fatores externos que nos cercam e impedem a conquista dos nossos objetivos. Isso é uma coisa.
Compreender que esses sabotadores existem, você gostando ou não, parar de reclamar e agir. Isso é outra coisa. Se você não pode mudar o exterior, mude o interior. O interior você domina, o exterior, não.
Não é porque a empresa não te valoriza que você vai sujar o seu currículo entregando um trabalho mediano. Trabalhar por uma empresa é uma coisa, trabalhar pela sua carreira é outra.
A vida é de quem assume a responsabilidade e faz o que é certo. E enfatizando mais uma vez o título desse artigo: uma coisa são os seus sonhos, outra coisa é o seu comprometimento com as suas ações hoje.
Sucesso sempre!
Alexandre Prates

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Líder pela primeira vez? Desafios e Oportunidades!

Descubra os riscos e como resolver conflitos

Liderar uma equipe, seja ela de 5 ou 100 colaboradores, é uma tarefa complexa. Mais ainda quando se vai estrear na função, até pelas responsabilidades e desafios que virão pela frente. O coach e especialista em desenvolvimento humano Alexandre Prates afirma que assumir uma primeira gestão tem alguns fatores críticos. Por isso, é preciso cuidado redobrado especialmente no começo.

Segundo ele, a primeira precaução é tentar identificar o cenário que o profissional está pisando. “A primeira gestão é algo que geralmente mexe com as pessoas e faz com que elas se motivem. E essa empolgação em demasia pode ser um problema”, afirma.

Prates explica que não é necessário chegar querendo mostrar muito serviço. “Mudar muita coisa logo de cara, principalmente em empresas que tenham uma cultura mais enraizada, pode não ser visto com bons olhos. Imagine uma organização na qual as coisas são feitas há 10 ou 20 anos do mesmo jeito e você chega impondo um modo de ser. Por mais que você esteja correto, passar por cima desta cultura seria um perigo.”

De acordo com o especialista, isso não quer dizer que o novo líder tenha que se omitir ou deixar de expressar sua opinião. “Só é preciso controlar a empolgação para realmente fazer as coisas no tempo correto. No começo, o envolver as pessoas deve ser a primeira grande preocupação do gestor.”

Depois, sim, vêm as mudanças de processos. “Se o novo líder inverter a ordem, tendo a ser boicotado. É claro que as pessoas têm expectativas sobre o gestor, de que ele vá organizar a empresa, mas engajar as pessoas é fundamental para que ele conquiste os resultados esperados”, afirma Prates.

Jovem líder: erros e confrontos com outras gerações


Se liderar não é uma tarefa simples para qualquer profissional, imagine para um novato. “O líder mais jovem tem mais dificuldades, sim, até pela falta de maturidade na função. A pouca idade o faz cometer erros que um líder com mais experiência de vida não cometeria, mas é normal. O líder sênior de hoje muito provavelmente também errou no passado. Faz parte do processo.”

Algo que já vem acontecendo muito nas empresas são jovens (geração Y) liderando pessoas mais velhas (geração X, por exemplo). Isso certamente poderá ocasionar conflitos. “Os jovens têm mostrado o seu talento e chegado a postos extremamente interessantes. Neste caso, é preciso ter uma maturidade de ambos os lados. É preciso que a pessoa mais experiente valorize a inovação e que o jovem valorize a experiência”, diz Prates.

“Os atritos são inevitáveis, porém, o relacionamento não tem que ser prejudicado por isso. É importante que esse novo líder se planeje e faça as coisas sempre levando em consideração a opinião dos outros. A imposição nessa hora pode ser um problema.”

E quando os confrontos são inevitáveis, a melhor receita é uma conversa franca e direta. “Não deixe nunca a fofoca tomar conta do ambiente. Um feedback imediato e até mesmo uma reunião para se acertar as desavenças demonstra maturidade, transparência e deixa as coisas mais claras.”

Prates lembra também que nada resiste a um bom resultado. “O desempenho blinda qualquer profissional, especialmente alguém que está num cargo de liderança. É o maior escudo contra fofoca, picuinha, e ajuda a construir uma trajetória de sucesso.”

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Aprenda a conquistar as suas metas

A minha grande missão como coach é contribuir para que as pessoas consigam manter o foco necessário para alcançar os seus objetivos na carreira e na vida. Independentemente de aonde você quer chegar, uma coisa é certa: o foco é o único caminho para manter-se firme na conquista das suas metas.

É preciso exercer o foco o tempo todo. Eu, por exemplo, sempre que vou a Niterói visitar a família da minha esposa, realizo uma atividade: correr do início da praia de Icaraí ao pé do Museu de Arte Contemporânea. Após um período de sedentarismo, retomei a prática e, numa manhã de sábado, lá estava eu, no começo do percurso, olhando o museu ao longe. Meu pensamento era: “Acho que não vou conseguir chegar lá...”. Algo no meu interior me dizia que a meta estava longe de ser alcançada e, por alguns instantes, conformei-me em chegar o mais perto possível.

Mas, como coach, não posso permitir que o meu jogo interior comande as minhas decisões dessa forma. Foi então que comecei uma luta interna, eu comigo mesmo, jogo interior x jogo exterior, para driblar o pensamento conformista.

Não existe negociação nessa hora, o jogo interior sempre vence. É preciso começar, dar o primeiro passo e lutar com o seu sistema o tempo todo. Vou dividir com vocês o que me ajudou naquele momento e espero que contribua com a sua caminhada de alguma forma.

1 - Não pense na meta, foque no próximo passo: eu parei de olhar para o Museu e mirei na próxima referência (o ponto de ônibus, a barraca de coco, a próxima curva...) e a cada nova etapa conquistada, a meta se aproximava. Então, eu ia pouco a pouco provando para o meu jogo interior que eu estava preparado.

2 - Esqueça o esforço, divirta-se no caminho: quanto mais eu pensava na dor que sentia na minha panturrilha, mais ela doía. Quanto mais eu olhava o cronômetro, menos o tempo passava. Quanto mais eu pensava no meu cansaço, mais cansado eu ficava. Então, parei de me preocupar com o demasiado esforço que estava fazendo e decidi olhar a paisagem, as pessoas, o mar, curtir a minha música, enfim, decidi me divertir. Sem diversão, não há foco.

3 - E o mais importante, jamais se contente com a meta alcançada: quando finalmente eu cheguei ao museu, parei por alguns segundos, olhei ao meu redor e o que fiz? Voltei! Foi então que percebi que o museu não importava tanto, tinha algo além, que me motivava a fazer aquele percurso. E mais, me dava energia para, da próxima vez, ir além do museu. Logo, o museu deixou de ser o alvo e agora eu quero chegar até o Forte de Gragoatá. E quando eu chegar lá, vou querer mais. E o que nos move para ir além? Eu garanto: não são as metas, mas sim aquilo que está além das metas, o seu propósito. Correr uma maratona, ganhar dinheiro e perder peso são metas, mas a pergunta que se faz necessária é: “Por que vale a pena alcançar essa meta?”. E a resposta é o combustível fundamental para garantir que você irá além (ou não).

No entanto, é preciso que o seu propósito esteja claro e, fundamentalmente, que a sua conquista dependa apenas de você. Quando alguém busca algo porque deseja reconhecimento, fama ou prestígio, corre o sério risco de se frustrar, pois está depositando a sua realização em fatores externos. E se eu não for reconhecido? E se a fama não vier? Tudo acabou? Nada mais vale a pena?

É preciso que o seu propósito dependa apenas de você. Portanto, perder peso para ter o corpo igual ao do outro, para receber elogios ou para impressionar alguém não depende você. Por sua vez, ter qualidade de vida e uma vida mais saudável, isso sim depende de você. O que vier além disso é consequência. E eu posso garantir: com o propósito claro e o foco naquilo que precisa ser feito hoje, o reconhecimento será inevitável.

Na vida, precisamos deixar um legado. Qual será o seu? Como você deseja ser lembrado? Como alguém que quase conseguiu? Como alguém que conseguiu, mas não foi além ou como aquele que jamais deixou de evoluir e conquistar os seus objetivos?

Pense nisso e vá além!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Quando dizer "não" aumenta a sua credibilidade?


Você dedica um tempo incrível para estruturar um trabalho: pesquisa, discute, estuda, debruça horas sobre o projeto e, com um grande sentimento de dever cumprido, olha para o material finalizado, cheio de orgulho. Ao apresenta-lo para o seu chefe (ou cliente) que, após um olhar rápido, impreciso, sem o completo embasamento necessário, desqualifica o projeto e pede, levando em conta a sua visão equivocada, para que mesmo seja reformulado. Com o coração acelerado, a garganta seca, a cabeça fervendo, você está diante de três diferentes cenários:

1º) Dizer “sim” e admitir que estava errado;

2º) Dizer “sim” e descobrir que estava certo”;

3º) Dizer “não” e assumir os riscos.

Cenário exposto, corda no pescoço, o questionamento é inevitável - qual decisão tomar? Nesse momento, somente essas duas palavras resolvem a situação: sim ou não.

O “sim” se apresenta mais fácil, menos arriscado, com menor responsabilidade, menos dor de cabeça, menos discussões, bastando um simples: “Sim, vou mudar o projeto!”. Mas não se engane, não é tão simples assim. Antes de dizer um “sim”, você precisa se perguntar: mudar o projeto realmente é a melhor opção? A visão apresentada é coerente? Se a ideia for melhor, mesmo que diferente da sua, o melhor a fazer é deixar o ego de lado e aceitar. Afinal, a teimosia só é válida quando o resultado dela é positivo. Agora, se a opinião alheia for equivocada, conforme exemplo acima, dizer um “sim” também é prejudicial, pois, diante do resultado negativo, não adianta dizer: “eu avisei!”, pois você ouvirá: “foi você que não me convenceu. Aprenda a vender melhor as suas ideias!”.

É por isso que você precisa ter a coragem de dizer “não!”. Um “não” repleto de embasamento é bonito de ver. Demonstra confiança e te enriquece de credibilidade. Se você está certo do que está fazendo, diga “não”, mas complemente com uma frase mágica: “confie em mim!“. Amigo, poucos profissionais tem essa coragem de trazer a responsabilidade para si e por um motivo muito simples: falta de embasamento!

A cada dia vejo ideias apresentadas de maneira superficial, sem envolvimento, sem aquele mergulho essencial para ver o que está além de uma simples ação proposta. Toda ação gera consequências e quem tem a capacidade de avaliar o impacto a curto, médio e longo prazo, naturalmente ouve mais “sim” do que “não” aos seus projetos.

Essa é a competência tão desejada pelas organizações: pensar global e agir local. Olhar todo o cenário e executá-lo com maestria e eficácia. E essa competência quando somada à coragem, torna um profissional imbatível.

Portanto, diga “não” quando tiver que dizer “não”. É uma questão de preparo e coragem!

Sucesso!

quarta-feira, 12 de março de 2014

As 8 premissas do Coaching por Alexandre Prates

Muitas pessoas me questionam sobre o meu trabalho como coach. O que eu faço? Como ajudo os meus clientes? O que eu ensino para eles? Perguntas aparentemente simples, mas difíceis de responder, pois o ineditismo de cada coachee torna o processo complemente particular e único.

Por isso, é impossível responder com exatidão o que eu faço, mas, se eu pudesse dizer algo para abranger o meu trabalho como coach, eu diria: eu faço as pessoas assumirem a responsabilidade! Assumir a responsabilidade por seus sonhos, metas, ações, enfim, tomar as rédeas da sua vida. Esse é o início de tudo. Explico: se eu lhe perguntar agora: o que você precisa fazer para alcançar os seus objetivos? Certamente a resposta virá! Se você deseja emagrecer 10 kg, sabe exatamente o que precisa fazer. Agora, se eu lhe questionar: por que você ainda não fez o que precisa ser feito? Você também encontrará muitas desculpas (ou explicações, se assim preferir).

O meu trabalho como coach é fazer com que as pessoas compreendam que existe uma diferença básica naqueles que conquistam e naqueles que não conquistam os objetivos: fazer ou não fazer o que é necessário.

E essa relação entre fazer e não fazer está completamente ligada às crenças que regem a vida de cada um. Então, boa parte do meu trabalho também é instalar novas crenças para que efetivamente novos comportamentos sejam instalados. Afinal, as nossas ações são provenientes do nosso pensamento.

E por acreditar nisso, sigo e ajudo as pessoas a seguirem 8 premissas que regem a minha vida e o meu processo de coaching. Vamos a elas:

1. A mesma energia empenhada para conquistar os melhores resultados da nossa vida é a mesma que deverá se manter presente para nos fortalecer em nossa caminhada.

A pessoa se prepara, dedica-se, enfrenta as adversidades, supera os desafios e chegá-la! Ao chegar, acomoda-se e não despende a mesma energia para continuar evoluindo. Os resultados não aparecem, o rendimento cai, a motivação diminui e o valor daquele profissional é questionado. Então, descobrimos que chegar lá (seja onde for) é só o primeiro passo, manter-se e evoluir é consequência dos próximos passos e da energia que você decidir empenhar nessa caminhada. Esse é o depoimento de quem já acompanhou muitas evoluções e "involuções" também!

2. A disciplina é o único atalho para o sucesso em qualquer área da vida.

As pessoas fervem de tanta consciência do que precisam fazer. Algumas entram em ação, o que já é um grande diferencial, mas que não garante o sucesso. O êxito está na capacidade de disciplinar-se rumo aos objetivos. Isso é autogestão! Jamais negocie com os sabotadores, eles geralmente ganham. Com os sabotadores só cabe a imposição! Se decidir fazer algo, faça! Os sabotadores logo abrem mão e se afastam.

3. Definir em nós a evidência do nosso sucesso é a única maneira de encontrar a verdadeira felicidade.

Um dos fatores inibidores mais críticos do sucesso é a visão equivocada do real motivo de se conquistar algo. Uma pessoa, quando busca um objetivo porque deseja FAMA, frustra-se constantemente, pois coloca as evidências de sucesso na mão do outro. Embora eu não discuta os valores que movem as pessoas, percebo que influenciam (e muito) as conquistas. Quando uma pessoa busca perder peso porque quer impressionar outras ou conquistar alguém, novamente coloca as evidências nas mãos do outro. Imagine se alguma coisa der errado, se essa pessoa começar a namorar, eu vou jogar tudo para o alto porque o objetivo pelo qual eu fazia isso acabou? Eu não preciso buscar a fama, mas posso querer ser o melhor no que faço, destacar-me das outras pessoas, conquistar resultados extraordinários... Isso depende de mim! Ser famoso é consequência. Uma pessoa pode perder peso para ganhar qualidade de vida, ter mais disposição, viver mais e melhor... Isso depende de mim! Ficar mais bonito é consequência. Quando o propósito está claro e vale o esforço, a disciplina acontece com mais naturalidade. Quando o propósito está desconfigurado, as nossas evidências são de curto prazo e os resultados não aparecem, eu me frustro e deixo de seguir em frente.

4. A responsabilidade é sempre nossa.

Ninguém é responsável pelo seu sucesso ou fracasso. Ninguém é responsável pela sua felicidade ou infelicidade. Reclamar e lamentar não vai te ajudar. Assumir a responsabilidade e fazer o seu melhor, isso sim te levará a algum lugar! A escolha é sua!

5. A pressa pode matar todos os seus objetivos.

A incapacidade de definir evidências reais e palpáveis de desenvolvimento nos remete ao imediatismo que tanto desmotiva o caminhar rumo a nossa meta. Maltratamos o corpo durante 30 anos e queremos resolver tudo em 30 dias. Ninguém emagrece 20 quilos pensando neste total, mas, sim, imaginando o que precisa fazer hoje para emagrecer 2 quilos por mês. Isso é foco! As pessoas confundem foco com meta. Meta é o que eu quero atingir, foco é o que preciso fazer hoje para alcançar a minha meta.

6. Todo ganho traz uma perda.

Por mais insatisfeitos que estejamos ou por mais que queiramos alguma coisa, temos ganhos em permanecer no estado atual e não realizar os nossos objetivos. Afinal, conquistar um objetivo requer novos comportamentos e estes, por sua vez, nos obrigam a encarar o desconhecido. E, geralmente, preferimos permanecer na zona de conforto. Queremos os ganhos, mas não suportamos as perdas. Pergunte-se: o que eu perco para atingir os meus objetivos?

7. Se você já chegou lá é porque parou de sonhar.

Nós crescemos na medida em que nos desafiamos! Essa afirmação reforça o que verdadeiramente acredito sobre as pessoas que realizam: eles decolam na vida e na carreira, pois se permitem encarar novos desafios constantemente. Renovar nossos sonhos é vital para renovar as nossas energias. As pessoas mais brilhantes que conheci na vida orgulham-se de suas conquistas, mas realizam-se querendo sempre mais.

8. Se você parou de sonhar, precisará de muito mais energia para se manter vivo.

O ser humano é movido por sonhos, desejo, propósito... quando não nos permitimos mais sonhar, nos limitamos apenas a sobreviver. E sobreviver dá muito mais trabalho.

Como eu sempre digo ao final das minhas palestras e treinamentos: não acredite em tudo o que eu digo, mas também não duvide de tudo. O meu processo de coaching foi baseado na minha experiência, não é nenhuma verdade absoluta, mas tem dado certo!

Espero que proporcionem a você o mesmo que tem proporcionado à minha vida!

Sucesso!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O que está acontecendo com os nossos jovens profissionais?

Ao preencher o recibo de pagamento de uma corrida, o taxista me pergunta: “O senhor quer que eu faça o recibo com esse valor mesmo?”. Uma mulher corta a fila para embarcar no voo e finge estar atenta ao celular, pois ela mesma não consegue encarar a vergonha do seu ato. Em um restaurante, desses com mesas bem disputadas, um rapaz aguarda um casal pagar a conta para sentar-se à mesa. Durante um instante de distração, duas garotas tomam à frente e sentam-se, disfarçam como se não soubessem o que tinha acontecido. Ao observarem que o rapaz se afastou, elas riem da situação, pois foram mais “espertas”.

Eu poderia citar vários outros exemplos que se apresentam todos os dias diante dos nossos olhos, que demonstram claramente, mas muito claramente, que estamos vivendo uma série crise de valores. Mas é importante deixar isso bem claro: a crise não se dá pelo fato de não conhecermos os valores que regem uma sociedade, uma família, uma empresa, mas, sim, pela nossa incapacidade de viver esses valores em nossas vidas. Nos exemplos citados acima, eu posso afirmar que todos, sem exceção, sabiam o que era certo fazer. Mas cortar a fila é mais fácil; roubar a empresa (sim, isso é roubo!), solicitando um valor a mais no recibo do taxi, é mais rentável; ignorar a existência de alguém para sentar-se mais rápido à mesa é mais cômodo. Fazer o que é certo, dá trabalho.

Você pode pensar agora que são exemplos banais, que isso não interfere em nada na sociedade, mas permita-me explicar. Quando alguém corta a fila na sua frente, você fica enfurecido e, se pudesse, brigaria, xingaria e faria a pessoa repensar o que fez. Logo, o sentimento de alguém quando fazemos isso é o mesmo e, pouco a pouco, quando esses pequenos exemplos acontecem, vamos desacreditando no ser humano. Como se já não bastassem as notícias de corrupção, violência e pobreza que nos afetam diariamente, ainda somos “presenteados” com comportamentos de completo descaso com o ser humano todos os dias, em qualquer ambiente.

Face a isso, algo fica muito claro: estamos vivendo uma crise de importância aos valores que regem uma sociedade. Não precisamos mudar os valores, apenas vivê-los, de fato, em nosso cotidiano, seja nas organizações, nas famílias, nas escolas, no lazer, enfim, em todos os contextos que nos cercam.

A geração perdida

Enquanto você lê esse artigo, certamente se questiona: “como mudar isso?”. Eis a pergunta mais importante de todas. Os valores são fruto das nossas crenças - aqueles ensinamentos e experiências que tivemos desde a nossa infância e que são responsáveis pela formação do nosso caráter e, como consequência, das nossas intenções e comportamentos. As nossas crenças nos acompanham por toda a vida e determinam como pensamos, sentimos, agimos, enfim, quem somos. Mudar uma crença é a mais desafiadora tarefa do desenvolvimento humano, pois requer uma forte consciência dos seus atos e consequências, além de um grande desejo e determinação para mudar. E quanto mais o tempo passa, maior se torna o desafio, pois a dificuldade aumenta ao passo em que as crenças são mais internalizadas com as experiências, notícias e sensação de que o mundo é assim e precisamos fazer parte do jogo.

Por mais doloroso que possa ser, serei direto, sem romantismo: a geração atual jamais viverá os valores que acreditamos vitais para uma sociedade mais justa e digna. Estou me referindo àqueles que já estão contaminados e que insistem em abdicar do que é certo em prol do que é mais fácil e vantajoso para si. Para essas pessoas, existem as leis, as normas, as regras, que são impostas para substituir a falta de bom senso e respeito aos valores. Além disso, existe a maior de todas as armas: o contraponto comportamental – ou seja, a indignação daqueles que insistem em fazer o certo, que dizem “NÃO” ao jeitinho, que reprimem a injustiça, que praticam a gentileza, que, por incrível que pareça, respeitam o próximo. E a boa notícia é que existem muitas pessoas com valores firmes e capazes de lutar por essa conscientização. E isso já tem acontecido com mais frequência. As pessoas já têm se indignado e externado isso com mais afinco, pois estão mais conectadas e encontram alternativas para serem ouvidas.

A geração que pode transformar as empresas (e o Brasil)!

A melhor de todas as notícias ainda está por vir: temos uma geração ainda em formação, com a mente aberta para receber os ensinamentos necessários e seguir o caminho certo. O que estou querendo mostrar nesse artigo é que jamais mudaremos aqueles que não desejam participar dessa transformação, mas que muitos jovens estão dispostos a isso.

Portanto, qual é a solução?

Precisamos de líderes com valores fortes e com um grande desejo de liderar, de fato, para que haja a tão sonhada transformação na sociedade. Os pais, as escolas, as universidades, as empresas, os meios de comunicação, todos têm um papel fundamental nessa transformação. Aos que acreditam nessa transformação, cabe a dedicação na educação das pessoas, na transmissão e fortalecimento dos valores que impulsionam a nossa sociedade. Aos que não acreditam, ao menos não atrapalhem subvertendo os valores por meio de comportamentos que denigrem o ser humano e exemplifiquem a sua falta de moral. Permita que os jovens enxerguem a possibilidade de uma vida mais digna, justa e com um propósito muito claro: conquistar o sucesso contribuindo para um País verdadeiramente desenvolvido.
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