Você dedica um tempo incrível para estruturar um trabalho: pesquisa, discute, estuda, debruça horas sobre o projeto e, com um grande sentimento de dever cumprido, olha para o material finalizado, cheio de orgulho. Ao apresenta-lo para o seu chefe (ou cliente) que, após um olhar rápido, impreciso, sem o completo embasamento necessário, desqualifica o projeto e pede, levando em conta a sua visão equivocada, para que mesmo seja reformulado. Com o coração acelerado, a garganta seca, a cabeça fervendo, você está diante de três diferentes cenários:
1º) Dizer “sim” e admitir que estava errado;
2º) Dizer “sim” e descobrir que estava certo”;
3º) Dizer “não” e assumir os riscos.
Cenário exposto, corda no pescoço, o questionamento é inevitável - qual decisão tomar? Nesse momento, somente essas duas palavras resolvem a situação: sim ou não.
O “sim” se apresenta mais fácil, menos arriscado, com menor responsabilidade, menos dor de cabeça, menos discussões, bastando um simples: “Sim, vou mudar o projeto!”. Mas não se engane, não é tão simples assim. Antes de dizer um “sim”, você precisa se perguntar: mudar o projeto realmente é a melhor opção? A visão apresentada é coerente? Se a ideia for melhor, mesmo que diferente da sua, o melhor a fazer é deixar o ego de lado e aceitar. Afinal, a teimosia só é válida quando o resultado dela é positivo. Agora, se a opinião alheia for equivocada, conforme exemplo acima, dizer um “sim” também é prejudicial, pois, diante do resultado negativo, não adianta dizer: “eu avisei!”, pois você ouvirá: “foi você que não me convenceu. Aprenda a vender melhor as suas ideias!”.
É por isso que você precisa ter a coragem de dizer “não!”. Um “não” repleto de embasamento é bonito de ver. Demonstra confiança e te enriquece de credibilidade. Se você está certo do que está fazendo, diga “não”, mas complemente com uma frase mágica: “confie em mim!“. Amigo, poucos profissionais tem essa coragem de trazer a responsabilidade para si e por um motivo muito simples: falta de embasamento!
A cada dia vejo ideias apresentadas de maneira superficial, sem envolvimento, sem aquele mergulho essencial para ver o que está além de uma simples ação proposta. Toda ação gera consequências e quem tem a capacidade de avaliar o impacto a curto, médio e longo prazo, naturalmente ouve mais “sim” do que “não” aos seus projetos.
Essa é a competência tão desejada pelas organizações: pensar global e agir local. Olhar todo o cenário e executá-lo com maestria e eficácia. E essa competência quando somada à coragem, torna um profissional imbatível.
Portanto, diga “não” quando tiver que dizer “não”. É uma questão de preparo e coragem!
Sucesso!
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