terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Franqueados com mais de uma loja. Como tornar-se um superfranqueado?

Já é comum presenciar verdadeiras ‘redes dentro de redes’. Mas, como garantir que a segunda (ou terceira, quarta...) loja obtenha resultados positivos como os da primeira?
 

Talvez um dos mais claros indicadores de sucesso no mundo do franchising é um franqueado investir em diversas lojas da mesma marca, tornando-se um superfranqueado. “Um franqueado só decide abrir outra loja se a primeira tem sucesso. E isso depende de vários fatores, como, por exemplo, estar em uma boa praça ou conquistar um público fiel, que ‘abrace’ aquela marca”, pondera Alexandre Prates, coach de líderes e autor de “A reinvenção do profissional - Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro” (Editora Novo Século).

Entretanto, quando se começa a formar uma “rede dentro da rede” é preocupante que uma loja não obtenha o mesmo sucesso da anterior. As razões são diversas e vão da localização geográfica à fachada do ponto comercial, passando pelo público-alvo do shopping ou rua comercial onde ela está. Porém, é possível que o gargalo desse faturamento ruim esteja na equipe de vendas.

Na opinião Prates, o ponto fundamental para que se possa nivelar o faturamento por cima é o bom atendimento. Mas, este não é o único aspecto a ser levado em conta; é preciso investir em treinamento e estratégias de gestão. Veja, a seguir, algumas dicas do especialista para que o desempenho de todas as lojas de uma “rede dentro da rede” sejam equivalentes:

1-    Prepare-se para crescer – “Muitas vezes, o franqueado cresce sem estar pronto para isso”, avalia o coach. Isso ocorre quando uma loja tem muita dependência da presença do franqueado para ter bons resultados. Quando surge uma outra loja e o franqueado precisa se dividir entre as duas, essa deficiência torna-se clara.

2-    Forme novos líderes e bons substitutos – Se um franqueado consegue planejar com antecedência o crescimento de sua “rede dentro da rede”, aumentam suas chances de sucesso. Isso significa, por exemplo, convidar o melhor funcionário de uma loja para treinar outro, na mesma loja, e só depois realocá-lo. “Assim o bom funcionário leva sua competência para a nova loja, sem deixar a loja de origem desfalcada”. O especialista alerta que é um erro apenas realocar o melhor funcionário para uma nova loja sem ter alguém que o substitua na loja de origem.

3-     Se a oportunidade bater à porta, assuma a gestão – Nem sempre é possível planejar com antecedência o crescimento. Se a franqueadora oferecer a ampliação do negócio e você ainda não tiver conseguido planejar-se para crescer, deixe a primeira loja sob responsabilidade de seu melhor funcionário e assuma a gestão da outra, sem abandonar completamente a primeira.

4-    Tenha uma equipe bem preparada - Para Prates, uma equipe bem preparada é aquela que, além de oferecer aos clientes um atendimento de excelência, conhece tecnicamente bem o negócio e suas nuances e o público consumidor: o que ele gosta, como prefere ser atendido, que discurso o convence e qual discurso está alinhado aos valores da marca.

5-    Valorize sua equipe – Mais que valorizar o profissional que trabalha em sua empresa, esta é uma estratégia de gestão, segundo o especialista. Para ele, valorizar significa dar espaço para o funcionário crescer; oferecer um plano de carreira e uma possibilidade de vislumbrar um futuro dentro daquela empresa. “As pessoas da equipe têm que valorizar a empresa onde trabalham e, para tanto, precisam ser valorizadas”, diz. Em uma realidade na qual um mesmo franqueado possui mais de uma única loja, o espaço se amplia, pois o funcionário tem a chance de tornar-se supervisor, coordenador ou gerente, por exemplo. Assim, crescer junto com a empresa fica mais fácil e o funcionário sente-se valorizado.

6-    Engaje seus funcionários no negócio - Participe os funcionários sobre as decisões, problemas e gestão dos negócios. “Resolver problemas com as pessoas, incluir os funcionários nos debates, fazê-los sentir-se parte da empresa não apenas faz com que se sintam valorizados, mas também estimula o pensamento estratégico da equipe, que se torna mais autônoma, menos dependente da presença constante do franqueado. É a melhor maneira de crescer”, ressalta. Esse comportamento funciona como um treinamento informal, prático, que pode acontecer no dia a dia e que traz excelentes resultados.

7-    Transforme o treinamento em prática – Entusiasta do treinamento realizado pelas próprias franqueadoras, Prates afirma, no entanto, que é preciso que esse treinamento seja convertido em práticas cotidianas no negócio. Conversar com a equipe sobre o que foi aprendido no treinamento depois que ele ocorreu, estimular os funcionários a dar ideias sobre como mudar procedimentos e práticas da rotina da empresa a partir do que foi visto no treinamento é uma maneira de manter esse conhecimento vivo e torná-lo útil.

8-    Estimule a troca de experiências – Colocar, por uma semana, um funcionário cujo desempenho está deixando a desejar para trabalhar dentro da loja com melhor desempenho é uma maneira de mostrar na prática como fazer melhor algumas tarefas. Da mesma forma, levar o gerente da melhor loja para ficar uma semana na loja menos lucrativa ajudará a melhorar o desempenho.

9-    Valorize as boas práticas –
Em vez de punir comportamentos e práticas nocivas, valorize o desempenho individual. “Premiar o atendente mais elogiado em um determinado período com um treinamento especial, por exemplo, é uma forma de tirar o foco do resultado final, o que impede que apenas quem trabalha nas melhores lojas da rede ganhe prêmios”, sugere.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

2015, o ano dos pequenos grandes resultados

2014 ficou marcado como o ano do recesso devido às festas, eventos, indecisões políticas, enfim, pisamos no freio. Em 2015, as empresas precisam crescer e recuperar o que foi impossível de realizar no período anterior. Assim, se destacará aquele que estiver disposto a enfiar a cara e entregar resultado. Não teremos espaço para o conformismo, a improdutividade, o descaso. Quem agir assim, esqueça, está fora! Agora, se você está com aquela vontade de fazer de 2015 o seu ano, prepare-se, arregace as mangas e, pode apostar, tem muita coisa boa pra você!

O resultado nos detalhes

O princípio de um desempenho extraordinário é a atenção aos detalhes. Como nos preocupamos demasiadamente com o resultado, nossa energia é desperdiçada em preocupações excessivas, que nos levam a pensar macro quando deveríamos focar nos detalhes, nas ações micro que levarão ao pleno resultado.
Precisamos reprogramar o nosso sistema!

Imagine um vendedor que precisa atingir um resultado de R$ 1 milhão. Se a sua cabeça estiver voltada para esse número, possivelmente não dará atenção aos clientes que compram R$ 10 mil pois, em relação à meta, é um valor é ínfimo. Esse cliente não merecerá a atenção necessária, pois o vendedor estará focado em clientes que tragam números mais expressivos. Acontece que, para chegarmos ao resultado, a micro ação pode provocar resultados impressionantes, desde que executada de uma forma efetiva, inteligente e consistente. O cliente que compra pouco pode voltar a comprar mais vezes e até apostar em compras maiores. Além disso, é mais fácil perder uma venda de R$ 100 mil do que dez de R$ 10 mil.
 
Cada centavo vale a pena

O cliente comprou um par de tênis que custa R$ 899,00. Perfeito! Mas, e o par de meias que custa R$ 19,90? Esse valor representa apenas pouco mais 2% do total da venda, então, ele faz mesmo diferença. Muita! Somando os 2% de um, 3% de outro e 5% de outro, no final do mês você vendeu o equivalente a dois ou três pares de tênis, focando apenas nos detalhes. Esse é um exemplo básico para falarmos sobre venda adicional. E o que é uma venda adicional? Nada mais do que uma oportunidade de aumentar o faturamento, elevando o ticket-médio. E isso serve para tudo: de restaurante a veículos; de hotel a serviços de encomendas. Enfim, onde está e o mais importante, como está a sua venda adicional?

Comece dentro de casa

Pare de olhar o cliente como uma possibilidade de venda e investigue as oportunidades. Nada melhor do que começar com quem já está dentro de casa. Aquele velho ditado se encaixa perfeitamente aqui: “Onde há fumaça, há fogo!”. Se o cliente já comprou de você, tem muitas oportunidades aí. Precisamos investigar, estar presentes, fidelizar. Dedique um tempo para pensar em cada cliente de forma única. Seja a solução para o seu cliente e novas opções de negócios se apresentarão.
 
Não precisamos de grandes soluções, basta o olhar para as pequenas ações que, somadas e potencializadas, trarão grandes resultados em 2015. Lembre-se: o seu melhor desempenho está nos detalhes! Na vida, nos relacionamentos, na carreira e nos negócios, você somente quebra os recordes se atentar-se às mínimas coisas.
 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

2015 não será diferente!

E porque 2015 seria diferente? Por que você realmente deseja alguma coisa? Por que está descontente com algum aspecto da sua vida? Ou porque está cansado de uma situação e quer resolver isso de uma vez por todas? Esqueça, isso não mudará o seu ano, muito menos a sua vida. Cansaço, descontentamento, incômodo são sentimentos fundamentais para provocar uma mudança em nossas vidas, desde que você faça alguma coisa com isso.
 
Assim como você, eu sempre quis (e continuo querendo) muitas coisas na minha vida. Muitos desses desejos eu realizei, muitos esqueci pelo caminho, outros me cobram o preço até hoje. Ao longo da minha vida, aprendi a ser mais realizador e nesses anos dedicados ao coaching, tive a oportunidade de conviver com pessoas incrivelmente empreendedoras. Empreendedoras na essência da palavra, a capacidade de transformar sonhos e ações em resultados.
Isso me possibilitou encontrar algumas características em comum nas pessoas mais realizadoras que conheci em minha carreira. De todas as características, duas sempre me chamaram a atenção. A primeira é INSPIRAÇÃO.
Pessoas realizadoras são inspiradas e buscam constantemente novas fontes de inspiração, pois sabem que o mundo exterior é um campo vasto de experiências que enriquecem o nosso mundo interior. O ser humano é movido por inspiração, mas muitos insistem em viver apenas pela necessidade e jamais comemorarão grandes feitos.
A inspiração vem antes da motivação, ou melhor, a inspiração é motivo para uma ação engajada, apaixonada, impactante. O que te inspira? Sua família? Conquistar uma vida mais confortável? Ganhar muito dinheiro? Ser o número 1 no se segmento? Excelentes inspirações, mas se isso o inspira, porque ainda assim você não faz o que precisa ser feito?
Eis então que lhes apresento a segunda característica: PROVOCAÇÃO. A provocação é o combustível da inspiração, uma precisa da outra para gerar grandes frutos. A inspiração te motiva, mas a provocação tira o sono, faz a cabeça ferver, frustra. Isso mesmo, frustra por ainda não ter alcançado o que tanto deseja. A provocação não te permite recuar, pois desperta um sentimento que ninguém escapa, a vaidade. E não adianta dizer que você não é vaidoso, todos somos, independente de como ela se manifesta. Não entenda a vaidade apenas como algo fútil, pois não é. A vaidade é o desejo se sentir-se bem consigo mesmo, de encher-se de orgulho por ter conquistado algo importante, de ter chegado lá. É bom, é necessário, mas como tudo na vida, os extremos devem ser controlados.
A provocação é o que nos faz ter o intenso desejo de ir além. Sem provocação, a inspiração não tem a força necessária para sair do campo dos desejos. O problema é que a nossa sociedade insiste em nos deixar na zona de conforto o tempo todo, pois fomos educados na onda do politicamente correto, onde dizer a verdade nem sempre é visto com bons olhos.
Reflita comigo: você é casado e ano após ano tem engordado significativamente. A sua esposa, para não lhe frustrar, insiste em dizer que você está bem, que ela gosta de você mesmo assim. É mentira! Você está gordo! Ela gostaria que você se cuidasse mais. Mas, como ela não lhe diz isso com a clareza necessária, a mudança não se faz necessária. Concorda?
Outro exemplo: você não está dando certo em trabalho algum e insiste em culpar todas as empresas por onde passa. Os seus pais, para não lhe magoar, passam a mão na sua cabeça e continuam custeando as suas necessidades. Ao passo que deveriam dizer que a responsabilidade é sua e que a partir de agora, terá que viver somente com os frutos do seu trabalho. Como não fazem isso, você suporta muito pouco os desafios do mercado.
Exemplos diferentes, mas algo em comum. Se a esposa ou os pais dissessem a verdade e fossem acertadamente críticos, possivelmente teríamos um conflito, pois, ao invés de agradecer a provocação, encaramos como um insulto. Então, vivemos uma realidade camuflada, que resultará em uma frustração acumulada cada vez mais difícil de superar.
Portanto, coloque uma pitada de provocação nos seus desejos e inspirações. Somente dessa forma você poderá iniciar uma nova etapa com o incômodo necessário para entrar em ação.
Talvez assim e somente assim, 2015 possa ser diferente
Um grande abraço e sucesso!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A indústria do coaching está pagando o seu preço!

O Jornal Hoje anunciou há alguns dias a seguinte matéria: “Funcionários dançam 'eguinha pocotó' em curso motivacional de empresa”. E a chamada enfatiza: “Imagens mostram o treinamento da equipe de vendas de uma distribuidora de remédios. Os funcionários caminharam sobre uma pista de 10 metros de carvão em brasa. O caso foi parar no Tribunal Superior do Trabalho.”.

Era tragédia anunciada, iria acontecer mais cedo o mais tarde. Não quero entrar na discussão dos métodos utilizados em treinamentos, embora não concorde e não veja sentido em muitos. Quero alertar para o amadorismo de muitos “profissionais” que intitulam-se coaches, trainers, especialistas, hipnólogos, consultores, enfim, amadores irresponsáveis que utilizam-se de meios apelativos para despertar a motivação das pessoas. Eu respeito muitos profissionais dessas áreas, que prepararam-se anos para isso, mas estamos rodeados de aventureiros no mercado.

Conduzir pessoas em qualquer abordagem que envolva o despertar de fortes emoções é uma responsabilidade que requer uma grande capacidade técnica. Quando esse processo é conduzido por profissionais preparados e embasados em uma metodologia séria, os resultados são positivos. Quando esse tipo de treinamento é aplicado por aventureiros, as pessoas são colocadas em risco – físico e emocional – e o ambiente das empresas também pode sofrer sérios impactos negativos.

E qual é a solução?

Precisamos rever urgentemente os critérios das escolas de formação de coaches e treinadores empresariais. Essa “indústria” tem lançado no mercado um bando de “burros motivados” que invadem as empresas cheios de palavras de alto impacto e técnicas motivacionais rasas e desastrosas.

E isso tem acontecido por um motivo muito simples. Não existe qualquer critério de seleção para que um profissional seja aprovado para um curso de formação, muito menos para que receba um certificado de Coach, por exemplo. Além disso, muitas escolas estão lotando salas de hotéis com 50, 100 pessoas que recebem metodologias e as praticam sem a supervisão adequada. O resultado está ai, para quem quiser ver.

E a cada dia, novas formas de se credenciar como um “profissional de treinamento e Coach” têm despontado no mercado, como livros com coletânea de artigos, onde o profissional escreve algo sobre tema qualquer e intitula-se co-autor.
Precisamos criar um forte padrão de qualidade!

E o papel dos RH´s é fundamental nesse processo. Muitas empresas, para economizar, contratam profissionais “baratos” que prometem entregar resultados. O processo de seleção desses profissionais e empresas dever ser cada vez mais profundo. E como não existe uma regulamentação para se intitular treinador ou coach, só existe uma forma de certificar-se da qualidade desses profissionais - pesquisa! Muita pesquisa:

1. Solicite referências: nada menos do que 10 empresas que foram atendidas pelo profissional. E não existe essa questão de confidencialidade, quando o trabalho é bem feito, fazemos questão de indicar.

2. Questione sobre a metodologia aplicada: se vai submeter o seu time a um processo de coaching ou treinamento, o profissional precisa detalhar qual será a metodologia aplicada e como pretende alcançar os resultados.

3. Peça comprovações da experiência na metodologia: solicite artigos científicos do profissional sobre a sua base metodológica ou livros escritos por ele sobre o tema. O conhecimento teórico é tão importante quanto a sua experiência prática.

4. Analise o material didático: Se o profissional lhe apresentar um material didático com slides impressos, esqueça. Um bom material deve ser bem elaborado, com teses descritas, textos de apoio e exercícios. Um profissional que não investe tempo para construir um material de qualidade, não pensou na sua metodologia de maneira profunda e didática.

São tantas coisas para analisar que um método torna-se o mais eficiente de todos: a indicação! E somente quem possui todas as características acima, será merecedor de ser indicado por alguma empresa.

Desenvolvimento funciona, sim! O que precisamos é escolher certo!
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Você está pronto para ter uma empresa?

Você é comprometido com o seu trabalho? É dedicado com os seus estudos? Lida bem com a pressão do dia a dia? É engajado com as metas? É envolvido com as estratégias da empresa? Preocupa-se com a satisfação dos clientes? Gosta de desafios? E a pergunta mais importante: você se realiza trabalhando ou preferia ficar em casa, se pudesse?

Reflita sobre essas perguntas para então compreender o que vou lhe dizer: abrir uma empresa não o torna um empreendedor. Este tipo de profissional demonstra suas características aonde quer que esteja; pode ser atrás de um balcão numa lanchonete, na mesa de um escritório, na loja de um shopping, enfim, ele não esconde as suas características. É fato que muitas empresas reprimem o ímpeto empreendedor, não permitindo que as pessoas errem, inovem, participem, mas, o verdadeiro empresário, por ser um inconformado com a mesmice, não consegue permanecer nesse tipo de ambiente.

Agora, cuidado! Muitos profissionais se enganam acreditando que despertarão um espírito empreendedor quando abrirem o seu próprio negócio. Isso, de fato, pode acontecer quando você se vê trabalhando com algo que te apaixona, que tem a ver com as suas aptidões. Esse é o ponto: empreender deve ser uma escolha emocional e racional de dedicar-se a fazer aquilo que você realmente deseja. Empreender não pode ser uma fuga, ou seja, não estou dando certo em lugar nenhum, então, quem sabe, se eu abrir o meu negócio pode ser diferente. Portanto, a análise acima se torna fundamental.

Se você deseja empreender para ver se vai dar certo em alguma coisa, esqueça, o risco é alto. É melhor dar certo em alguma coisa primeiro. Agora, se você deseja ser empresário para colocar em jogo todo o seu potencial, vá em frente e siga algumas dicas fundamentais:

1. Some experiências: se a ideia de empreender já está na sua cabeça, aproveite todas as possibilidades de adquirir experiência para o seu negócio. Comece a olhar as coisas com uma visão mais crítica, questionadora, curiosa. Nesse momento, os “porquês” podem fazer toda a diferença. Muitas vezes, permanecer mais um tempo na empresa para assumir uma nova área, aprender um pouco mais ou aproveitar uma formação importante pode ser uma decisão inteligente.

2. Faça uma boa reserva financeira: sei que já ouvimos muitas histórias de pessoas que iniciaram um negócio com nenhum dinheiro e deram muito certo. Mas, existem muitas outras histórias, aliás, a maioria delas, de empresas que quebraram por não ter um fluxo de caixa adequado. Não se precipite. Guarde o que puder, vá construindo um bom histórico bancário (para conseguir crédito no futuro) e, principalmente, organize a sua vida para não precisar utilizar o caixa da empresa para as suas contas pessoais por, no mínimo, 12 meses. E se a empresa der lucro antes desse período, reinvista na empresa e faça um bom caixa. Quem tem caixa, tem força e velocidade para crescer.

3. Acumule conhecimento: leia, faça cursos, procure ajuda profissional, converse com pessoas mais experientes, enfim, não confie somente no seu instinto. Esse é um grande erro de muitos empreendedores. Existem muitas instituições que oferecem excelentes ferramentas para o pequeno empresário com custos muito acessíveis.

4. Planeje, planeje e planeje: o brasileiro dá pouco valor ao planejamento e nesse momento é essencial. Não saia fazendo, pense sobre o seu negócio: perfil do meu público, diferenciais do meu produto/serviço, parcerias, onde e como divulgar, enfim, aproveite esse momento de planejamento para desenhar a sua atuação no negócio, mantendo a sua visão sempre na plena satisfação dos seus clientes, o único motivo para o seu negócio existir.

5. Invista em relacionamento: onde estão as pessoas que podem me inspirar? Fique perto delas. Vai ter muita gente que duvidará da sua iniciativa, a maioria das pessoas não acredita na ousadia, prefere a estabilidade. Ouça essas pessoas. É importante, mas ouça também quem foi além. E então defina qual será o seu posicionamento. Além disso, amplie o seu networking, pois o seu nível de relacionamento determinará as possibilidades de atuação do seu negócio.

6. O segredo é a alma do negócio: segure a ansiedade a não saia contando a sua ideia pra todo mundo, tem muita gente mal intencionada. Converse com algumas pessoas sim, mas não alastre o seu projeto por aí. Conte para quem, nesse momento, possa contribuir contigo.

Por fim, antes de empreender, pergunte-se: pra que? Se você realmente encontrar um motivo que valha a pena a sua dedicação integral, sem férias, sem hora extra, sem garantia de salário no final do mês, sem reconhecimento, sem 13º salário, enfim, sem nenhuma estabilidade, parabéns, você está pronto para pensar em abrir um negócio e conquistar a tão sonhada liberdade que só um empresário pode ter.

E como alguém que deixou uma carreira executiva para abrir o seu próprio negócio, posso lhe afirmar: vale a pena!

 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Como lidar com o inimigo no trabalho

Onde dois ou mais estiverem reunidos, eu estarei lá: o conflito. E não importa o ambiente. Seja familiar, empresarial, social, religioso, enfim, o conflito é inevitável. Inevitável, por um simples motivo: as pessoas possuem valores diferentes, logo, o que é importante para um, não é para outro. O que me incomoda, não incomoda o outro. E nesse contexto, as desavenças ocorrem a todo o instante, pois eu, assim como você, quero preservar os meus valores, aquilo que eu não abro mão.

Mas, é importante compreender que o problema não está no conflito e sim, na consequência gerada pelo conflito. Eu posso discutir com você, debater ideias e sairmos juntos para almoçar. O debate de ideias é saudável. No entanto, a maioria das pessoas quando questionadas, contrariadas, tem a sua vaidade ferida e tendem a atacar para se defender. Alguns relutam a reconhecer que a ideia do outro é melhor, pois não querem perder a razão. Outros, por receio de perder uma posição ou promoção, criam atritos para diminuir a reputação do colega e fazê-lo menos merecedor do que ele. E pouco a pouco, vamos criando inimigos. Se bem que essa palavra é muito forte, prefiro chamar de adversários. Um inimigo quer o seu mal, o adversário quer o seu lugar, mas não deseja prejudicar você. Porém, se você realmente acredita que tem alguém na sua empresa que deseja o seu mal, então possivelmente você tem um inimigo.

Independente se você tem um inimigo ou um adversário na empresa, permita-me lhe trazer algumas dicas para lidar com esse incomodo:

1. Saiba que ter adversários é normal. Se você não tem adversários é por que não está fazendo o seu trabalho direito. Quando as pessoas se incomodam conosco é sinal de que estamos nos destacando. Mas entenda o que estou querendo dizer. Estou falando de resultados, de entrega, de comprometimento e não de destaque por comportamentos inadequados, ou seja, bajular o chefe, vestir roupas extravagantes, extrapolar nas brincadeiras etc. Se você é bom, vai se destacar e quando isso acontecer terá adversários.

2. Fortaleça a sua reputação. A reputação é o seu maior patrimônio. Contribua com as pessoas, preserve a sua imagem, não entre em fofocas e principalmente, faça o seu trabalho de forma extraordinária. Amplie a percepção de valor que as pessoas enxergam em você.

3. Entregue resultados. Os resultados te protegem, pois comprovam a sua competência. Se você é um grande vendedor, vai ter muitos adversários, mas jamais conseguiram fazer nada contra você. Quem tem resultado, tem credibilidade.

4. Seja firme e verdadeiro: Não se importe se o adversário é desonesto, falso, dissimulado. Se você agir igual, dará armas para que ele use contra você. Se ele fez uma fofoca a seu respeito, chame-o e esclareça imediatamente. Se ele mente, fale sempre a verdade. As pessoas sempre ficam perto de quem fala a verdade. Se ele não parar, chame-o para uma reunião com o seu superior e apresente o que está acontecendo com muita calma e serenidade.
 
Por fim, a quinta e última dica: não se desespere. Lembre-se, você está certo! O sucesso está sempre ao lado de quem faz as coisas certas. Sei que a vontade, muitas vezes, é gritar, brigar, mas isso não ao ajudará. Coloque a pessoa no seu devido lugar e da melhor forma que você pode fazer: com sabedoria! Nenhum adversário ou inimigo resiste a isso.
 
Sucesso!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Conselho a um jovem profissional

Hoje fui despertado com uma notícia muito triste e que me motivou a escrever essa carta. Um rapaz de 25 anos de idade pediu demissão de uma empresa por não estar suportando a grande pressão e a quantidade de trabalho. Ele não era meu funcionário, eu nem o conhecia, mas ainda assim essa decisão mexeu comigo.

Me permita lhe explicar o motivo do meu incomodo. Com 25 anos é muito cedo para falar sobre “grande pressão”, afinal é o momento de entregar o máximo em sua carreira, de crescer, de aprender, de se destacar.  No entanto, 25 anos é um pouco tarde para esse tipo de atitude, o tempo está passando. Com quantos anos você deseja assumir a responsabilidade? Quanto tempo você acredita que a vida vai esperar você amadurecer? Eu respondo, não vai! A vida vai continuar lhe provocando, queira você ou não. E a cada desafio que você não encara é uma oportunidade que você perde. E muitas oportunidades são únicas na vida.

Você já deve ter notado que estamos vivendo um déficit educacional em nosso País – da educação básica à universidade – e a cada dia, encontrar um profissional qualificado é mais difícil. Mas esse não é o maior problema, pois as empresas estão dispostas a investir tempo, dinheiro e energia na sua capacitação. A questão que está tirando o sono de todo mundo é a precariedade de profissionais com desejo de aprender, de se dedicar, de se envolver com um projeto. E o que isso quer dizer? Pense um pouco. Quando tem um monte de gente ruim no mercado, o que isso mostra? Um mundo cheio de oportunidades. Nunca houve tanto espaço para se destacar. E nem precisa ser brilhante, basta ser comprometido e ter muita sede de aprendizado.

Sei que tem muitas empresas que ainda operam em um modelo de gestão precário, antigo, fracassado, mas pare de usar isso como desculpa. Nunca trabalhe por uma empresa, trabalhe pela sua carreira. Se a empresa não te valoriza, entregue resultados mesmo assim. Esqueça a empesa, valorize o seu currículo e fortaleça o seu maior patrimônio – a sua reputação.

Faça uma reflexão, se nenhuma empresa te valoriza, onde está o erro? Você é azarado ou não está fazendo a sua parte? Pare de sentir pena de você mesmo. Pare de acreditar na sua mãe quando ela diz que você estava certo em pedir demissão. Para de se iludir com os colegas fracassados que dizem que não adianta se dedicar, pois a empresa não valoriza. A responsabilidade é sua! Somente sua!

E se você está pensando em abrir o seu próprio negócio, o sonho de muitos jovens brasileiros, cuidado! Geralmente se você não suporta a pressão do seu chefe, provavelmente não suportará as exigências dos seus clientes. Não é o cenário que precisa mudar, é o seu comportamento.

E guarde uma coisa que vou lhe dizer: o mercado não vai ser generoso com você, a não ser que você seja generoso consigo mesmo. Estude, prepara-se, aprenda, contribua, desafie-se, comprometa-se, dedique-se, enfim, assuma a responsabilidade.

Você deve estar pensando que estou querendo transmitir a minha longa experiência e lições impressas em meus cabelos brancos. Sim, eu tenho uma boa experiência: fui office boy, auxiliar administrativo, professor, coordenador pedagógico, executivo e hoje sou empresário, coach, palestrante, escritor e dedico a minha vida a desenvolver pessoas. Mas deixe-me esclarecer uma coisa, tenho apenas 32 anos, completo 33 esse ano. E 18 anos depois do meu primeiro registro profissional, me orgulho da minha trajetória. Aos 25 eu já aguentava muita pressão e devo a minha carreira a essa capacidade de não desistir.
 
Eu desejo que você amadureça e torne-se o profissional que o mercado precisa: ousado, engajado, competente. Não vou lhe desejar sucesso, pois é consequência do que lhe desejei anteriormente. E se me permite, só quero lhe dar mais uma dica: comece imediatamente. O tempo passa e passa muito rápido.
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