terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os 3 "Is" da nova geração

Uma plateia de mais de 600 pessoas me esperava para uma palestra em uma universidade no Sul do país. Centenas de alunos ansiosos pelo tema: tendências comportamentais do profissional do futuro. 

Apesar de curiosos em descobrir os caminhos para construir uma carreira brilhante, percebi logo nos primeiros minutos de apresentação que se algo não acontecesse para dinamizar a palestra e torná-la mais descontraída e interativa, certamente o auditório aos poucos se esvaziaria. 

Seria isso a tão criticada "pressa" dessa nova geração? Seria um senso critico apurado? Seria descompromisso com as suas carreiras? Sinceramente não sei ao certo, mas naquele momento não me cabia julgar, e sim, me esforçar para prender a atenção de todos. E foi o que fiz! 

Porém, após a palestra, sinto-me na obrigação de expor minha preocupação com este fato. Exigir uma palestra instigante é valido, mas isso não pode ser fator determinante para o aproveitamento daquilo que é o mais importante nessa história: o conteúdo! 

Curioso para descobrir o que cada um daqueles jovens pensava, durante a apresentação me permiti observar o comportamento deles e notei algumas características bem presentes nessa geração, que denominei como “Os 3 ‘Is’ da nova geração”. Vamos a eles: 

IMPACIÊNCIA - Ou me satisfaz imediatamente ou não quero! Essa é a sensação transmitida por muitos jovens dessa geração. Ou a palestra é instigante ou prefiro ir embora. Se o conteúdo ira contribuir para o meu futuro, não importa. Esse comportamento é naturalmente transferido para o mundo corporativo. Ou a empresa me oferece oportunidade de crescimento muito rapidamente ou estou fora, procuro outra. Esse pensamento de curto prazo pode prejudicar e muito a carreira dos jovens profissionais. Nesse caso, é preciso distinguir muito bem pressa e ambição. Ter ambição é saudável, mas a pressa para conquistar aquilo que se deseja, sem pensar nas consequências a longo prazo, é perigoso. Muitas vezes uma empresa pode não lhe oferecer naquele momento a oportunidade de subir de cargo ou um aumento de salário, mas antes de pedir demissão, reflita: "o que estou aprendendo nesta instituição? Quais são as oportunidades que ela me oferece para o futuro?". Lembre-se, é preciso construir uma história para conquistar uma carreira brilhante, e você não conseguira isso de uma hora para outra, muito menos pulando de galho em galho. Mas também não confunda paciência com letargia. Se você realmente merece uma oportunidade e a empresa não tem condições de lhe oferecer isso, certamente você deverá buscar o seu lugar ao sol. 

INCONSISTÊNCIA - Este, infelizmente, é outro comportamento presente em muitos jovens dessa geração. Apesar da enxurrada de informações que somos submetidos diariamente, a incapacidade crítica de alguns jovens é assustadora. As redes sociais que podem ser uma rica fonte de informação e troca de visões sobre diversos temas, tem sido, a meu ver, pouco explorada. Basta analisarmos quem são as pessoas mais seguidas no Twitter. Basta perguntar a um jovem quais veículos de comunicação ele acessa com frequência. E não precisa ir muito longe para identificar esse comportamento: ao final de uma palestra, por melhor que ela seja, abra para perguntas e calcule o percentual das pessoas que se manifestam! Não chegaremos a 5%! Talvez este seja o comportamento mais preocupante dessa nova geração, pois a cada dia, o ato de julgar, criticar, inovar, decidir, esta nas mãos de poucas pessoas. E quando ouço um empresário dizer que o que mais lhe preocupa para o futuro da sua empresa é a falta de profissionais qualificados, constato que a maior desqualificação de todas é incapacidade critica, a visão curta. 

INICIATIVA - Presente na minoria, mas quando este comportamento se apresenta, é bonito de ver. Chega a emocionar ver os jovens organizando grandes eventos nos centros acadêmicos , enquanto outros não se dão nem o trabalho de assistir as palestras. É incrível vê-los ficando após a palestra para conversar com o palestrante, pedir dicas, tirar dúvidas, solicitar contato para conversar posteriormente, enfim, pensando no futuro. E certamente esse comportamento será revertido para as suas carreiras: se empenharão, aprenderão e como consequência, crescerão pessoal e profissionalmente. E o que mais me admira neste comportamento é a capacidade de fazer uma simples pergunta: "por quê?". Uma pergunta simples, mas que abre inúmeras oportunidades para a evolução profissional. 

Amigos, eu não sei qual é o "I" que você pratica, mas eu garanto, construirá uma carreira brilhante aquele que tiver a capacidade da iniciativa, do desejo interno de realmente prosperar nos negócios e na vida. 

Só existe uma pessoa responsável pela sua carreira: você! O propósito da universidade é proporcionar conhecimento, mas transformar esse conhecimento em inteligência é uma decisão sua. As organizações oferecem as oportunidades, mas entregar os resultado e ser valorizado por isso, também é uma decisão sua. Decida ter sucesso! 

Um grande abraço e até semana que vem, 

Alexandre Prates

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