07 de abril de 2010. Um grupo de jovens empresários representando dez estados brasileiros organiza uma caravana ao Congresso Nacional com uma missão: convencer o maior número de deputados e autoridades políticas a não votarem favoráveis a PEC-231 – Uma proposta de emenda constitucional que visa reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Tive a oportunidade de acompanhar esta caravana, pois represento o Estado de Goiás na Confederação Nacional de Jovens Empresários, a CONAJE, e diante dessa manifestação, um questionamento insistia em ocupar meu pensamento: Esta lei beneficia qual tipo de profissional?
E neste momento fiz uma análise da minha trajetória, tentando encontrar algum momento da minha vida onde trabalhei apenas 44 horas semanais. E me lembrei de quando exercia a função de office-boy, meu primeiro emprego. Eu fazia de tudo para ficar após o horário do expediente, para aprender mais e mais funções que pudessem ser úteis para uma futura promoção. A partir daí, nunca mais tive horário fixo, e nunca me preocupei em trabalhar 60, 70 horas semanais.
E foi este modelo de comportamento que ajudou a construir a minha carreira e a conquistar espaços importantes nas empresas desde cedo. Ser promovido com apenas cinco meses de empresa, começar a dar aula aos dezesseis anos, palestrar pela primeira vez aos vinte para um grande público e ser responsável pelos treinamentos em todo o país da rede SKILL Idiomas aos vinte e três anos de idade!
É fato que o grande segredo para ter conquistado espaços desde cedo foi não ter me comportado como um empregado, vislumbrando apenas ganhar o meu salário e sobreviver. Havia sempre um propósito maior, um foco no meu crescimento e aceleração da minha carreira. Confesso que em alguns momentos desanimei por diversos fatores externos e perdi o propósito, e quando isso aconteceu a minha carreira foi prejudicada.
Decidi fazer algo diferente, pois um dia eu ouvi uma frase que me ajudou a compreender as pessoas de resultado: “Ninguém consegue resultados diferentes fazendo as mesmas coisas”.
E você, como tem se preparado para o futuro? Independente se você é um jovem universitário, um profissional recém-chegado ao mercado de trabalho, um líder consagrado, um novo líder, um empresário de sucesso ou um novo empreendedor, enfim, será que você está pronto para o mundo corporativo do futuro?
Se reinventar como profissional é amadurecer para a reinvenção das relações de trabalho. A preocupação com carga horária, hora extra e estabilidade permanecerá em cargos pouco expressivos nas organizações. Posições estratégicas não dependem de estabilidade para prosperar, e sim de resultados. Quem se preocupar com o desenvolvimento da sua carreira, terá segurança e estabilidade, pois será requisitado frequentemente pelo mercado, independente da sua opção profissional. Enfim, o segredo da tão sonhada realização profissional não está na estabilidade que se conquista em um emprego, e sim na sua capacidade de criar uma carreira sustentável, desenvolvendo-se no ritmo que o mercado, que o mundo nos impulsiona.
Um grande abraço e até semana que vem,
Alexandre Prates
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