quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quem vira a cadeira para você?

Tenho acompanhado com certo entusiasmo o programa que busca a nova voz do País, o The Voice Brasil. Mesmo como expectador, é inevitável sentir, ainda que em menor intensidade, aquela angústia de quem está se apresentando, na expectativa de um dos técnicos virarem a cadeira e, dessa forma, concederem uma oportunidade para entrar realmente no programa e dar um grande passo para uma carreira exitosa.

Saber cantar, ter repertório, carisma com o público, nada disso garante que as cadeiras irão virar. É impressionante! Ficamos assistindo, encantados com a apresentação e, ainda assim, somos surpreendidos com a negativa dos técnicos. Mas, pensando bem, não é tão impressionante assim. Fazendo uma analogia com o mundo corporativo, podemos pensar: quantas pessoas você conhece que possuem um currículo acadêmico invejável e, no entanto, ainda não tiveram grandes conquistas profissionais? Quantas pessoas você conhece que têm um discurso incrível, embasado, emocionante, mas que nada fazem além de falar e falar?
Eis a questão, amigo. Não é apenas o repertório de citações acadêmicas, o carisma, a capacidade técnica. É preciso ir além para fazer a cadeira virar, para conquistar a oportunidade, o reconhecimento.

Então fica a pergunta: o que faz a cadeira virar?
Não existe fórmula, lógica e critérios pré-estabelecidos para o sucesso, embora tentem nos apresentar isso com frequência. Quantas vezes, assistindo às apresentações, ouvi de algumas pessoas: “esse cara canta melhor do que muitos artistas que fazem sucesso... Como isso é possível?”. Concordo que cantam melhor mesmo, mas é assim que é. Não é só cantar, é um conjunto. Assim como não é só estudar, falar inglês, ter boa comunicação, fazer networking, blá, blá, blá... É um conjunto!

É esse todo, somado a um elemento fundamental, que faz a cadeira virar: a autenticidade. Exatamente isso, autenticidade. Não nos interessamos pelo cover, queremos a nova versão da música, a poesia apresentada de forma inusitada, o ritmo em uma nova roupagem. Queremos o profissional que inove, que faça diferente do que muitos estão fazendo. Enquanto a maioria, infelizmente, está cada vez menos comprometida com as empresas, quando chega alguém que se engaja, entrega resultados e se envolve, certamente conquistará o seu espaço, pois apresentou o novo. Enquanto todos estão na mesmice, querendo apenas fazer o que lhe é demandado, aquele que propõe desafios, que diferencia, que arrisca, naturalmente se destacará.
Vivendo o mercado de franquias, vejo isso acontecer o tempo todo. Muitos empresários pensam que basta uma boa ideia, uma fachada bonita, uma loja impecável e pessoas com uniformes alinhados que os clientes naturalmente entrarão e consumirão, gerando um grande faturamento e lucro. Só isso não basta, é preciso ir além, criar diferenciais que encantem o cliente, envolver a equipe nesse propósito. Enfim, em um mercado com tamanha concorrência, vencerá aquele que estiver comprometido com o novo, com aquilo que surpreende.

Na TV ou no mundo real, amigo, as pessoas estão ansiosas por pessoas e empresas que façam valer a pena, que me motivem a virar a cadeira.
E você, o que tem feito para merecer que virem a cadeira da oportunidade para você? O quanto você tem se entregado aos projetos? O quanto você tem se envolvido com as empresas pelas quais tem passado? O quanto você tem se dedicado aos clientes que confiam em você? O quanto você tem investido na sua evolução pessoal e profissional?  As suas respostas mostrarão o quanto você, de fato, está comprometido com a sua carreira.

E a pergunta que vale uma vida: você viraria a cadeira para você mesmo?

Um grande abraço,
Alexandre Prates

2 comentários:

  1. Muito bom artigo. No final eu me comprometo. Inclusive já manifestei isso em algum momento: - eu sou a profissional que gostaria de ver trabalhando em minha empresa, caso a tivesse. Já imaginou isso? Quer me conhecer um pouco mais? Tenho muitos blogs. Escrevo. Compartilho escritos vários. Livros. Música. Trabalhos manuais. Um pouco de cada coisa a seu lugar. Monitoro adolescentes aprendizes www.encontrodepalavras.blogspot.com; Recolho retalhos de leituras www.retalhosdeleituras.blogspot.com; Tenho meus momentos para ler www.momentodeler.blogspot.com; como Bibliotecária que me encontro entre livros www.blog-inaja.blogspot.com; tenho um Historiador dentro de mima www.nelsonmartinsdealmeida.blogspot.com / Muitos mais. Cada qual seu perfil. Sou criadora de blogs.

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  2. Eu viraria a cadeira para mim mesmo. Tenho visto tantos adolescentes cinquentões e jovens descompromissados que não me permito sair do mercado de trabalho. Ainda tenho muito o que contribuir. Meus 63 anos de vida não me fazem frente.

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