domingo, 30 de janeiro de 2011

A saída de um líder pode significar uma crise?


Duas semanas e dois CEOs das principais empresas de tecnologia do mundo deixaram seus postos. Para especialistas, as saídas de Steve Jobs, da Apple, e de Eric Schmidt, do Google, têm boas lições a oferecer.

Cada caso foi diferente. Jobs pediu uma licença médica e anunciou que pretende voltar à empresa, só não se sabe ainda quando. O anúncio, porém, foi o bastante para deixar no ar uma incerteza sobre os rumos da gigante Apple. Já Schmidt parece deixar o posto sem discordâncias: passará o bastão para o co-fundador do Google, Larry Page, que asssumirá a presidência do conselho. Page declarou que espera passar mais dez anos na companhia.

“Há uma diferença muito grande entre uma transição suave, quando o líder ainda permanece por perto, e uma traumática”, avalia o advogado especialista em gestão empresarial, Luiz Augusto Paiva.

Autor de um livro sobre perfis de líderes empresariais brasileiros, Alexandre Prates avalia que os dois CEOs têm trajetórias de peso para torná-los verdadeiros mitos nas empresas. “Quando o líder vira esse mito, é preciso que ele prepare com muita atenção sua saída, ele precisa muito antes detectar quem pode substituí-lo e permitir que outros líderes cresçam”.

Rumos futuros
A troca de líderes nem sempre precisa significar uma mudança de rumo, acreditam os especialistas. “Hoje em dia a identidade da empresa não é mais o líder, ela pertence a todos e é compartilhada”, opina Prates. “Se não for assim, a empresa perde tempo e não sobrevive”.

De toda forma, assim que o anúncio surge no mercado, começam as especulações sobre o futuro da marca. “Se a transição é muito traumática, isso fica claro e gera mais insegurança”, aponta. “É preciso mostrar que no momento da mudança a empresa se mantém alinhada com seus valores”.
Steve Jobs, que voltou à Apple em 1997, foi o principal responsável pelos produtos que levaram a empresa a ser a segunda mais valiosa mundo: iPad e Ipod estão entre eles. Ele sai no momento em que a Apple prometia novas atualizações e hoje já há dúvidas de como isso será feito sem Jobs.

Já no Google, o mercado especula que a mudança na verdade irá satisfazer a vontade dos fundadores da empresa. Além disso, a saída de Schmidt poderá acelerar os processos de decisões, uma vez que o comando ficará na mão de um dos fundadores, sem intermediários.

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