quinta-feira, 29 de julho de 2010

Alexandre Prates fala sobre o futuro da liderança para a Folha de São Paulo


Classe C mudou o perfil do líder, diz consultor

Especialista em gestão de talentos afirma que o mercado exige novas competências
FOLHA DE SÃO PAULO

Os líderes de sucesso no mundo empresarial, até pouco tempo atrás, eram aqueles capazes de comandar planejamentos estratégicos assertivos que vislumbravam o mercado anos à frente. Com esse planejamento, conseguiriam gradualmente adaptar as companhias às novas demandas de clientes ou consumidores. Para o especialista em desenvolvimento humano e desempenho organizacional Alexandre Prates, o conceito do líder estrategista com tempo suficiente para compreender as mudanças dos consumidores mudou. "O novo perfil do consumidor, especialmente da classe C, tem exigido mudanças mais rápidas das empresas e isso tem pressionado os líderes a desenvolver novas competências", diz.

Fundador e diretor do Instituto de Coaching Aplicado, o ICA, Prates passa parte do mês viajando pelo país para detalhar aos executivos as novas características desejadas pelas empresas.

Leia trechos da entrevista. (CAMILA FUSCO)

Novas características
O líder do passado era o que fazia o planejamento estratégico e mandava executar. O de hoje é o que participa da execução. Surge o líder servidor, que acompanha semanalmente as pessoas, oferece sua orientação, mas que cobra resultados. Mas é aquele que às vezes precisará dar um tapa na mesa para definir a autoridade.

Equipe motivada
Os bons funcionários hoje não seguem uma empresa ou mesmo o líder. Eles se comprometem com a causa desse líder e dessa empresa.

Necessidades empresariais
O que não pode faltar é a visão de longo prazo e hoje essa é uma das principais deficiências. Um líder com visão de longo prazo, e que consegue manter a equipe motivada, consegue obter bons resultados mesmo nos momentos de pressão.

Classe C
O perfil do consumidor mudou e o líder precisou adquirir visão de mercado muito grande. A classe C tirou o líder da zona de conforto e mostrou que ele precisa ser mais flexível. Há necessidade de visão de mercado e capacidade de desenvolver colaboradores numa velocidade muito maior do que antes.

Ação rápida
Criou-se uma pressão por agilidade em marketing e desenvolvimento de produtos para que as empresas pudessem dialogar melhor com esse público. O orientador para essa nova estratégia é o novo líder, que está engajado.

Escolas de negócio
A experiência acadêmica e as palestras de coaching não substituem a experiência prática. O líder é formado no mercado, no chão de fábrica.
Bons líderes
Um dos que mais admiro é o criador do Facebook, Mark Zuckerberg. Questionado sobre a razão de não vender o Facebook por US$ 1 bilhão, disse que seu propósito era criar o futuro da internet, e que isso ia além do valor. Esse é um bom modelo de líder.

Camila Fusco
Folha de São Paulo

4 comentários:

  1. Parabens Alexandre pelo artigo. É isso mesmo!!!
    Abracos do amigo Godri JR

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  2. Existe um abismo entre a pratica empresarial (negócios) e as teorias que são formadas, essas por sua vez não são verdades absolutas como colocadas no artigo, há negocios que não tem nada a ver com a nova postura dos consumidores da classe C, ai teremos outra tese, e completamente diferente , veja o q esta acontecendo no ambiente da Mineração, é um outro tipo de lider, e assim por diante, segmento a segmento.

    Um forte abraço

    Gouveia

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  3. Muito interessante Alexandre!

    Vivenciamos isso todos os dias e acredito que para a obtenção de um bom resultado precisamos de líderes preparados e atentos as mudança do mercado. E viva a Classe C!

    Parabéns pela matéria!

    Viviane de Paula

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  4. Olá amigos, agradeço os comentários!

    A intenção do Blog é esssa mesmo, debatermos idéias e encontrarmos soluções.

    Grande Gouveia,
    Concordo contigo, segmento é segmento! O que a entrevista deixa claro é que o mercado tem se transformado numa velocidade incrível! A classe C impulsionou uma mudança de comportamento do líder, mas não foi o único fator. A matéria em si, trata deste fator de mundaça e com certeza não abrange todos os segmentos empresariais. Uma coisa é certa, o líder deve aprender sempre e estar atento ao mercado.

    E mais uma vez concordo contigo sobre o "abismo entre teoria e prática", por isso tomei o cuidado de apresentar na entrevista um estudo que envolveu empresários e especialistas de todo o país, visando trazer para a teoria a visão de grandes lideranças atuantes no mundo corporativo.

    Um grande abraço,

    Alexandre

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